OS EUS DE TRAIÇÃO

Defini-se traição como sendo a ação ou efeito de trair. A traição ou felonia se traduz por malquerença ou deslealdade. A traição se constitui num defeito psicológico emanada da periferia psicológica, do substrato do ego. A traição se constitui num ato que a maioria de nós não consegue tolerar, quando advinda dos outros para com a nossa pessoa. Entretanto, quase todos nós traímos, em maior ou menor grau, deliberadamente ou não, consciente ou inconscientemente. .

A traição se constitui numa forma de violência psicológica que é sempre dolorida para quem a sofre. Hoje em dia está muito em moda um tipo de traição mental chamada traição virtual, onde se veicula através da Internet, nas famosas telas de bate-papo ou através de troca de correspondências eletrônicas ou e-mails, todo tipo de trama que se emana dos eus luxuriosos, até por parte de pessoas que já possuem compromissos conjugais. A traição no casamento é geradora de medo, ciúmes, dúvidas, ansiedade, rebaixamento da autoestima, dor, revide, agressões e todo tipo de violência.

O eu da traição adentra em nosso espaço psicológico, para que agente começar a enganar perfidamente, atraiçoar, trair um amigo, um familiar, a namorada, a esposa, o filho, etc. Há traição em nós quando faltamos com a palavra, deixamos de cumprir o que prometemos, quebramos juramentos revelamos um segredo a nós confiado, deformamos as informações verdadeiras, as verdades, falsificamos ou tiramos a autenticidade de documentos ou qualquer coisa, não traduzimos com fidelidade para adulterar o pensamento de alguém, deixamos de ajudar alguém que merece, precisa e espera por nossa ajuda. A nossa conduta traidora faz sufocar alguém que pode perder-se de si mesmo. Os políticos e governantes que prometem e não cumprem acabam produzindo frustração no povo.

No Brasil o povo foi traído em 1945, com o golpe de1964, com outro golpe em 1985, quando houve a passagem para o governo civil, e está sendo traído outra vez, ao eleger um governo para mudanças, que acabou mudando foi de lado. Todos nós já fomos traídos em alguma coisa e já traímos, porém é diante da dor de se sentir traído, é que podemos compreender exatamente aonde e como dói a traição. Jesus foi traído por Judas, que o havia acompanhado por três anos, participando da sua comunhão intima, foi traído por Pilatos, por Caifás, foi traído pela multidão e ficou sozinho no ápice de sua agonia e amargura, para nos ensinar uma grande lição de amor e perdão.

Há muitas formas de traição, conduzidas por eus de traidores que se revestem com as mais diferentes roupagens, que se fazem presente quando traímos um amigo, aos Veneráveis da Loja Branca e a nós mesmos quando não levamos à prática aquilo aprendemos da gnósis, quando não praticamos aquilo que pregamos, quando deturpamos os ensinamentos gnósticos. Quando mentimos cometemos o crime da traição, quebramos um dos dez mandamentos, contra o nosso Pai Interno que representa a verdade. Quando odiamos alguém traímos o Filho, o Cristo, que é o amor. Quando mal gastamos as nossas energias sexuais, cometemos traição contra o Espírito Santo, que é castidade.

Agora, para aprendermos mais sobre o assunto vamos ler o texto abaixo, extraído na íntegra da verdadeira fonte de conhecimentos, que é o Quinto Evangelho, passados através da literatura sagrada do Quinto Anjo do Apocalipse, que é o VM. Samael Aun Weor:

"No trabalho interior profundo, dentro do terreno da estrita auto-observação psicológica, temos de vivenciar, de forma direta, todo o drama cósmico. O Cristo Íntimo eliminará todos os elementos indesejáveis que em nosso interior carregamos. Os múltiplos agregados psíquicos, em nossas profundidades psicológicas, gritam, pedindo crucificação para o Senhor Interior. Inquestionavelmente, cada um de nós leva em sua psique os três traidores.Judas, o demônio do desejo. Pilatos, o demônio da mente. Caifás, o demônio da má vontade. Estes três traidores crucificam o Senhor das Perfeições, no fundo mesmo de nossa alma. Trata-se de três tipos específicos de elementos inumanos fundamentais no drama cósmico. Indubitavelmente, o citado drama foi vivido sempre secretamente, nas profundidades da Consciência Superlativa do Ser. Não é, pois, o drama cósmico, propriedade exclusiva do Grande Kabir Jesus, como supõe sempre os ignorantes ilustrados. Os Iniciados de todas as idades, os Mestres de todos os séculos tiveram que viver o drama cósmico dentro de si mesmos, aqui e agora. Entretanto, Jesus, o Grande Kabir,teve a coragem de representar tal drama íntimo publicamente, na rua e à luz do dia, para abrir o sentido da Iniciação a todos os seres humanos,sem distinção de raça, sexo, casta ou cor. É maravilhoso que haja alguém que, de forma pública, tivesse ensinado o drama íntimo a todos os povos da Terra. O Cristo Íntimo, não sendo luxurioso, tem que eliminar de si mesmo os elementos psicológicos da luxúria. O Cristo Íntimo, sendo em si mesmo paz e amor, deve eliminar de si mesmo os elementos indesejáveis da ira. O Cristo Íntimo, não sendo cobiçoso, deve eliminar de si mesmo os elementos indesejáveis da cobiça. O Cristo Íntimo, não sendo invejoso, deve eliminar de si mesmo os agregados psíquicos da inveja. O Cristo Íntimo, sendo humildade perfeita, modéstia infinita, simplicidade absoluta, deve eliminar de si mesmo os asquerosos elementos do orgulho, da vaidade, da presunção. O Cristo Íntimo, a Palavra, o Logos Criador, vivendo sempre em constante atividade, tem que eliminar, em nosso interior, em si mesmo e por si mesmo, os elementos indesejáveis da inércia, da preguiça, do estancamento. O Senhor da Perfeição, acostumado a todos os jejuns, de têmpera, jamais amigo das bebedeiras e dos grandes banquetes, tem que eliminar de si mesmo os abomináveis elementos da gula. Estranha simbiose a do Cristo Jesus, o Cristo Homem; rara mescla do divino e do Humano; do perfeito e do imperfeito; prova sempre constante para o Logos. O mais interessante de tudo isto é que o Cristo Secreto é um triunfador; alguém que vence constantemente as trevas; alguém que elimina as trevas de dentro de si mesmo aqui e agora. O Cristo Secreto é o Senhor da Grande Rebelião, rechaçado pelos sacerdotes, pelos anciãos e pelos escribas do templo. Os sacerdotes o odeiam; quer dizer, não o compreendem. Querem que o Senhor das Perfeições viva exclusivamente no tempo, de acordo com seus dogmas inquebrantáveis. Os anciãos, quer dizer, os moradores da Terra, os bons donos de casa, as pessoas judiciosas, as pessoas de experiência, aborrecem o Logos, o Cristo Vermelho, o Cristo da Grande Rebelião, pois este sai do mundo de seus hábitos e costumes antiquados, reacionários e petrificados em muitos ontens. Os escribas do templo, os velhacos do intelecto aborrecem o Cristo Íntimo, porque este é a antítese do Anticristo, o inimigo declarado de toda esta podridão de teorias universitárias que tanto abunda nos mercados de corpos e almas. Os três traidores odeiam mortalmente o Cristo Secreto e o conduzem à morte dentro de nós mesmos e em nosso próprio espaço psicológico.Judas, o demônio do desejo, troca sempre o Senhor por trinta moedas de prata; quer dizer, por licores, dinheiro, fama, vaidades, fornicações, adultério, etc.Pilatos, o demônio da mente, sempre lava as mãos; sempre se declara inocente, nunca tem a culpa. Constantemente se justifica ante si mesmo e ante os demais; busca evasivas, escapatórias para iludir suas próprias responsabilidades, etc. Caifás, o demônio da má vontade, trai incessantemente o Senhor dentro de nós mesmos. O Adorável Íntimo lhe dá o báculo para pastorear suas ovelhas; o cínico traidor converte o altar em leito de prazeres; fornica incessantemente, adultera, vende os sacramentos, etc. Estes três traidores fazem sofrer, secretamente, o Adorável Senhor Íntimo, sem compaixão alguma. Pilatos fez com que ponham a coroa de espinhos sobre suas têmporas. Os malvados eus o flagelam, insultam-no e o maldizem, no espaço psicológico íntimo, sem piedade de nenhuma espécie

O Mestre Judas Isacariot representou no Drama Cósmico o Eu da Traição porém ele foi o mais excelso discípulo do Kabir Jesus (V.M. Jesua Ben Pandira). O Eu da traição está dentro de nós mesmose a cada momento anseia que traiamos o Mestre e o ensinamento.Caros amigos e amigas, investigaremos hoje a ação de mais um eu psicológico específico: o eu da traição.

Já investigamos que os eus agem como pessoas individuais dentro de nós, cabe agora investigar o eu da traição ou os eus ligados a traição.Lembremos da árvore dentro de nós, um eu psicológico grande, como a luxúria, por exemplo, se alimenta de pequenas raízes, de pequenos detalhes, que muitas vezes não damos importância, e é por onde devemos começar se queremos realmente eliminar radicalmente em nosso interior o flagelo do eu psicológico.No caso específico da luxúria, basta olharmos para alguém belo do sexo oposto para que, internamente, ela aja.Neste caso específico não fecharemos os olhos, mas sim transformaremos a impressão, veremos que aquela forma é sujeita ao tempo, que se tornará pó, e suplicaremos com intensa devoção a nossa Mãe Divina a eliminação desse detalhe.Recapitulamos aqui a Morte-em-Marcha, que devemos fazer de instante em instante, de momento em momento, pois é através dela que eliminaremos os detalhes do eu da traição que surgirão espontaneamente durante o nosso dia-a-dia.Existe uma frase muito conhecida, um dito popular que diz: "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço." Toda vez que ensinamos algo e fazemos exatamente o contrário estamos traindo o conhecimento.Falamos, devemos nos desdobrar em astral, chegamos de noite e não realizamos o mínimo sacrifício para que isso ocorra, falamos, devemos morrer de instante em instante, mas esquecemos de suplicar a Mãe Divina e colocamos que ainda não estamos preparados, "mais para a frente eu o realizarei, etc..." , com este tipo de ação estamos traindo o conhecimento.A preguiça é terrível, sentimos preguiça de realizarmos prática, de entregarmos o conhecimento, toda a vez que temos a má vontade de realizar o ensinamento ou de entregá-lo, estamos traindo os mestres.Por fim, quando colocamos o ensinamento só no intelecto, pegamos ele e começamos a teorizar e a discutir, e nunca colocamos ele em prática, estamos traindo a nós mesmos e a nosso Real Ser.E resumo, traímos ao ensinamento, ao Mestres e ao nosso Real Ser quando temos o ensinamento e não o colocamos em prática.Traímos a um amigo quando realizamos uma promessa e não a cumprimos.Traímos a nosso amor, seja o homem no caso da mulher , ou vice-versa quando olhamos uma pessoa do sexo oposto e sentimo o desejo. Ou em pensamentos e sentimentos.Antes de cristalizar em atos, a traição passa pelas esferas do pensamento, sentimento e vontade.Quando qualquer princípio de traição surja, devemos suplicar a nossa Mãe Divina a morte deste eu, implacavelmente.Se deixamos, a traição chega a esfera dos atos, aí ela é mais grave:Falamos que os mestres estão errados, ou abandonamos o ensinamento, falando mal dele e dos mestres.Achamos que a auto-realização é impossível, ou nos cremos já auto-realizados, nos tornando mitômanos, traindo nosso Real Ser.Traímos nossos amigos, nos justificando falando "o fim justifica os meios".No casamento, ocorre o adultério.A traição é visto com um delito grave, existe o crime de alta traição, é quando alguém, de forma planejada, convida a um inimigo para fazer as pazes, para jantar, por exemplo, e, quando estão sendo servidas a sobremesa, se apunhala o convidado pelas costas.Este tipo de traição é tão terrível, que, imediatamente as hierarquias desencarnam a pessoa que a cometeu, a atirando ao mais profundo dos infernos, a nona esfera submersa, enquanto seu corpo físico fica manipulado por um demônio qualquer.A dissimulação, enganar os outros através de palavras, a falsidade, a falta de sinceridade, a mentira, entre outros defeitos, estão ligados a traição, e se não queremos que ela tome conta de nós e cresça, devemos ser implacáveis e eliminar radicalmente este eu psicológico.No drama cósmico a traição foi representada através de três personagens:- Judas - O demônio do Materialismo- Caifás - O demônio da Má Vontade- Pilatos - O demônio do IntelectoDentro do Iniciado, daquele que anela com toda a suas forças íntimas encarnar o Cristo, estes são os três traidores, de forma simbólica representam o demônio do materialismo, que vendo o Mestre interno (o Real Ser) por 30 moedas de prata ( trinta, tridimensional, prata, metal lunar e frio, representando a materialidade, os desejos da matéria), Caifás (a má vontade) e Pilatos (a mente, o intelecto, que sempre lava as mãos).Teremos que trabalhar eliminando os detalhes da traição até o momento que teremos que eliminar radicalmente estes três traidores dentro de nós.Cabe aqui reafirmar que o Mestre Judas Iscariot representou no Drama Cósmico o Eu da Traição, porém ele foi o mais excelso discípulo do Kabir Jesus (V.M. Jesua Ben Pandira), este Mestre trabalhou intensamente pela humanidade, entregando o conhecimento nos mundos infernos, para os definitivamente perdidos. Eliminemos o Eu da traição, que está dentro de nós mesmose a cada momento anseia que traiamos o Mestre e ao ensinamento".( VM. Samael AunWeor ).

QUESTÃO DE ESTUDO

Após a leitura deste texto, acesse www.agsaw.com.br, assista aos vídeos do tema 51 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo Os Eus de Traição.

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