OS EUS DE BRUXARIA

Defini-se o substantivo feminino Bruxaria como designativo da ação ou fato que se atribui a bruxos: feitiçaria, sortilégio, acontecimento extraordinário inexplicável, atribuídos a forças sobrenaturais.

Antigamente, as bruxas e zangões andavam no cabo de vassoura e hoje, como é que andam? Naturalmente andam de carrões últimos modelos do ano, motos, navios, iates, aviões, etc. Pois bruxos somos todos nós que possuímos os eus da má vontade, da preguiça, da traição, do egoísmo, etc., que nos tiram a capacidade de amor, de alteridade, de solicitude, etc.

É duro saber que muitas pessoas honoráveis, cidadãs, religiosas, místicas, etc., carregam dentro de si mesmas, ao vivo O Eu da Bruxaria.

Os eus de bruxaria ao agirem em nosso espaço psicológico nos tira a capacidade de prontidão em servir o nosso semelhante. Os eus da bruxaria agem imperceptivelmente em nossa psique e nos coloca para agir em favor do cerceamento do livre arbítrio dos seres humanos e dos demais seres vivos, levando-nos a tecer ações que impeçam a liberdade, o amor e a paz dos outros seres vivos.

Através do eu da bruxaria quantos projetos, namoros, casamentos, etc., já não foram desfeitos ou tentados a se desfazerem.

Através do eu da bruxaria quantos passarinhos e quantos animais já foram para o cativeiro, presos, condenados a viver em pequenas gaiolas, para resto da vida, sem haver cometidos nenhum crime.

A bruxaria não está presentes somente na mulher e no homem velho, muito feio, com uma verruga no nariz, com suas poções e macabras gargalhadas estridentes, que fazem magia negra e encantos para impedir o desfeche natural das coisas de acordo com a Lei Divina. A bruxaria está presente em todos nós que somos portadores dos eus de bruxaria, que in ou conscientemente fazemos encantos para prejudicar as pessoas ou que deixamos agir através de nós eus da bruxaria, por ausência de auto-observação.

Na verdade não há bruxaria branca como querem. O que há na realidade é magia negra, transformação pelo mau e para o mal e magia branca, transformação para o bem. Entretanto, nem os bruxos negros e nem os dito branco são magos brancos, pois a magia branca leva em conta o livre arbítrio das pessoas e a vontade da Lei Divina e nunca age contra a natureza.

Os bruxos autênticos são aqueles que metem conscientemente o corpo físico na quarta coordenada e na quinta dimensão, para fazer magia negra, sugar energia dos outros e efetuar todo tipo de maldade.

Por outro lado só vemos nas outras pessoas tudo aquilo que temos dentro de nós, tudo aquilo que somos internamente, o que se constitui na condição essencial para identificarmos, nos outros, tudo aquilo que temos em nós mesmos.

Ao longo de nossas muitas existências certamente criamos e fortalecemos os eus de bruxaria, envolvemos em algum tipo de ritual de alguma sociedade oculta que praticava algum tipo de magia negra. Daí nos envolvemos com magia negra. Temos pactos com a Loja Negra, e isto infelizmente é um fato, que nos torna imprestáveis para Loja Branca, até a quarta iniciação de mistérios maiores.

A Loja Negra possui belos templos e todo tipo de artifícios para aliciar seus sequazes de maneira muito sutil e quando menos se espera estamos firmando pactos com essas instituições. Assim sendo temos que se auto-observar, para descobrir dentro de nós os eus psicológicos da bruxaria.

Há os bruxos autênticos que consciente e deliberadamente se interessam e praticam magia, feitiçaria, encantos, poções mágicas, etc. Por outro lado há os bruxos inconscientes, que certamente levam dentro de si dezenas de agregados psicológicos que se interessam secretamente por assuntos de bruxaria e sobem ao mundo astral, onde trabalham dentro dos salões da Loja Negra, por se constituírem em magos negros terrivelmente perversos.

Qualquer pessoa portadora de eus de bruxaria já deve ter procurado em alguma época da vida algum bruxo autêntico que mexesse com simpatias, encantos, feitiços, magia, etc. Qualquer indivíduo revestido de eus de bruxaria já procurou algum desses livros de capa preta, para pesquisar encantos, mandingas e simpatias e fórmulas para conquistar o coração da pessoa almejada.

A maioria das pessoas portadoras de eus de bruxaria recorre a algum bruxo que sabe fazer encantos, "trabalhos", para conquistar aquilo que almeja, ou até para prejudicar outras pessoas.

Qualquer um de nós estudantes gnósticos que se auto-observa poderá ver a forma muito discreta de ação do eu da bruxaria, como se manifesta sutilmente no nosso espaço psicológico, no exato momento quando forçamos o livre arbítrio das outras pessoas, quando queremos alguma coisa e insistimos muito. Desta forma eu da bruxaria está presente em muitos vendedores, em quase todos os missionários e pregadores das mais diversas religiões, etc.

O VM. Rabolú nos ensinou que a Loja Branca nos permite insistir até três vezes em uma determinada coisa com alguém, que ao passar disto é eu de bruxaria que tenta forçar a barra para tirar o livre arbítrio da outra pessoa.

Também o simples fato de chegarmos a onde há duas pessoas conversando e metemos a conversa no meio, consequentemente mudando o assunto, se caracteriza a atuação dos eus de bruxaria.

O eu da bruxaria possui um percentual de essência enfrascada dentro de si e precisa ser auto-observado de instante a instante e eliminado, se quisermos seguir pelo caminho reto.

Se não auto-observarmos e extirpamos os eus de bruxaria que temos, por mais bem intencionados que sejamos, acabamos fortalecendo tais eus da bruxaria e fazendo mau uso do conhecimento esotérico.

Toda pessoa que comece a trabalhar com mantras, invocações, rituais de consagração, magia sexual, etc., e não esteja eliminando o ego de momento em momento, acaba se transformando num magro negro; representa um perigo num grupo de estudo e acaba fortalecendo muito seus eus psicológicos de bruxaria.

O estudante gnóstico que não trabalha a morte do eu, acaba tendo as faculdades da clarividência, clariaudiência, etc., dominadas pelo ego e se torna nociva às demais pessoas do grupo de estudo. O ego usa tais faculdades em seu proveito próprio. As pessoas que desenvolvem as suas faculdades sem passar pela dissolução do ego se torna um pseudovidente, pseudo-ocultista.

O estudante gnóstico que não faz a morte se equivoca, pensa que sabe muito, mas na verdade não sabe nada, pois é o ego que acaba dominando os cilindros de sua máquina para fazer o que bem entender com suas faculdades. Tal ego em posse das faculdades começa a frequentar salões de magia negra no astral, faz pactos e escraviza tal pessoa pelo resto de sua vida.

É muito nocivo na gnose o caso dos borboleteadores, aqueles que por falta de um centro de gravidade permanente vivem frequentando vários lugares, sem dar conta de que o simples fato de passarmos em frente a uma igreja, a um salão de magia, a uma casa de espiritismo, e tivermos a curiosidade para saber o que ocorre lá dentro, já se constituirá num fato mais que suficiente para que à noite, durante o sono o nosso eu da bruxaria se desdobre até aquele lugar sinistro e faça pactos com as pessoas que lá oficiam.

Há pessoas que têm o eu da bruxaria tão desenvolvido que à noite, enquanto dormem, seus eus atuam dentro da Loja Negra aliciando outras pessoas, fazendo o mal por toda parte onde passam. Na maioria das vezes a pessoa nem se desconfia disso. Entre este estão os que tem eu do vampirismo e são catedráticos em roubar a energias de outras pessoas tão somente com o olhar.

Em matéria de eus de bruxaria há aquelas pessoas que tem olho gordo, olho ruim, sangue ruim, mau agouro, etc., aquelas pessoas que por onde andam até as plantas secam. Por isso muita gente costuma usar um galho de arruda atrás da orelha para se defender. Há o "bola-mucha" que quando chega a algum lugar baixa a moral de todo mundo e as pessoas sentem-se mal com a sua presença. E tudo isto pode ocorrer sem que tais pessoas saibam o que estão fazendo; por serem adormecidas ignoram o mal que fazem ao próximo.

Todo aquele que aspira ao despertar da consciência deve colocar a disciplina em sua vida e começar a praticar o fator morrer, a morte em marcha, de instante a instante, para extirpar o eu da bruxaria que vive dentro de si, se manifestando com maior ou menor intensidade.

Para não arrumarmos para a nossa cabeça devemos trabalhar o fator borboleteamento, para não estarmos frequentando locais que faça rituais, salões de espiritismo, templos em geral. Se tivermos a necessidade de irmos a alguma igreja, porquanto estamos vinculados ao mundo das relações, devemos nos auto-observar atentamente, para eliminar aquele eu que surge dentro de nós naquele momento, aquele eu curioso, que quer saber o que acontece ali dentro, que se interessa por trabalhos de magia negra, simpatias, etc.

Devemos levar em consideração o fato de que ao ler livros de autores pseudo-esotéricos, livros de encantos, de magias, feitiçarias, simpatias, etc., nos leva a ficar ligado astralmente a estes autores pseudo-esotéricos, além de engordarmos o eu da bruxaria, o que nos conduz a afazer pactos com entidades negativas. Por isso devemos estar em auto-observação sempre que entrarmos numa livraria e se identificarmos com algum livro desses que nos chamar a atenção, devemos pedir a nossa Divina Mãe Kundalini para que elimine de nossa psique esse defeito.

Para romper com os pactos que tenhamos consciente ou inconscientemente feitos com a Loja Negra através dos eus de bruxaria e ganharmos o direito de visitar os templos da Loja Branca, temos que praticar corretamente os três Fatores da Revolução da Consciência, que são: morrer para os defeitos, nascer para as virtudes e sacrificar-se voluntária e conscientemente pela humanidade.

QUESTÃO DE ESTUDO

Após a leitura deste texto, acesse www.agsaw.com.br, assista aos vídeos do tema 52 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo Os Eus de Buxaria.