AS PROFECIAS SOBRE O FIM DO MUNDO
(Profº Maurício da Silva)


Denomina-se profecia como sendo um relato, de  conotação científica ou mística, no qual se prevê acontecimentos futuros. A previsão de um profeta é um prognóstico do futuro, que pode surgir por visões, por sonhos, por projeciologia, etc.  Os fenômenos naturais, num universo relativo, de causa e efeito, ocorrem primeiramente no mundo causal ou sexta dimensão cósmica, depois no mundo astral ou quinta dimensão, para posteriormente se plasmar no mundo físico tridimensional. Aquelas pessoas que possuem acesso ao mundo causal, por meio de meditação ou ao mundo astral por projeciologia, acabam vendo o fenômeno se originando lá, iniciando a sua trajetória para mais tarde chegar aqui. Estas pessoas que obtêm tais revelações são chamadas de profetas, de videntes, mensageiros, avatares, profetas, etc.

Os prognósticos ou previsões contidos nas profecias dos Maias, do V.M. Samael Aun Weor, do V.M. Rabolú, de Nostradamus, do apocalipse bíblico e outras feitas por  profetas ou grandes mestres de consciência desperta são 100/% confiáveis. Para fazer uma interpretação idônea das profecias a pessoa tem de estar ligado ao Pai Interno, ter consciência desperta e ter desenvolvido as faculdades do seu Ser, onde se manifesta a sabedoria do Pai.  Porém as interpretações feitas por mentes intelectuais destituídas das faculdades superiores da alma são equivocadas, não tem nenhuma validade, pois a mente e o ego não possuem nenhuma conexão com o real, com o Divino.  "Não busqueis a lei em escrituras, porque a lei é a vida, enquanto o escrito está morto..." (Jesus, o Cristo).

Ao fazermos um estudo comparativo das diversas religiões e ordens místicas existentes depreendemos que todas elas possuem um ponto em comum. Todas elas incentivam aos seus membros um viver digno, como fator preponderante de  preparação para o fim do mundo. As diversas religiões e ordens místicas possuem narrações acerca da gênese da Terra e profecias a respeito do fim do mundo e muitas delas, profeticamente, descreveram antecipadamente o que está acontecendo agora. Na bíblia, desde a Gênese ao Apocalipse há enumeras referências acerca de todos esses fatos que estão acontecendo agora. Portanto, o fim do mundo não é assunto novo. Ele já foi abordado no Apocalipse cristão, no judaísmo, no mahabharata; no islamismo, na cosmogonia asteca, etc. Há até uma ciência que estuda o fim do mundo denominada Escatologia.

No Cristianismo, Jesus Cristo, conforme registrado nos Evangelhos de Mateus, capítulos 24 e 25, em Marcos, capítulo 13 e em Lucas, capítulo 21, refere ao fim do mundo. Ele, no entanto, afirmou que mais ninguém além de Deus sabia quando isso viria a acontecerMas também que haveria sinais indicativos de quando estivesse chegando o fim, para quem estivesse antenado, em sintonia com Ele.

No Budismo, Sidarta Gautama Buda descreveu o processo da entropia, aplicado ao fim do mundo, ao referir às dez normas de conduta moral, que se degradariam e desapareceriam. E depois da degradação dos valores, as pessoas iriam seguir os dez conceitos imorais do roubo, violência, mentira, difamação, adultério, conversa ociosa e abusiva, desejos de cobiça e maldade, ambição desenfreada, e perversão sexual, que resultariam no aumento da miséria espiritual e no fim das leis seculares da verdade de darma.

No hinduísmo, a entropia da degradação da vida, na Era Kali Yuga ou Era de Ferro, está descrita nas profecias tradicionais dos Hindus, nas Puranas e em vários outros textos Hindus, que dizem que o mundo deverá cair no caos e degradação. A perversidade, inveja e o conflito reinarão: "Quando o estelionato, letargia, apatia, violência, desânimo, tristeza, desilusão, medo e superação da pobreza... quando o homem, preenchido com este conceito, considerar a si próprio igual com o Brahma... esta é o Kali Yuga." Isto é seguido pela manifestação do décimo e futuro avatar. Deus deverá manifestar-se como Avatar Kalki. Ele é "retratado como um jovem magnífico cavalgando num grande cavalo branco com uma espada semelhante a um meteoro fazendo chover morte e destruição por todos os lados""A sua vinda restabelecerá a justiça na terra, e a volta de uma era de pureza e inocência." Avatar Kalki irá estabelecer a ordem sobre a terra e a mente das pessoas tornar-se-á pura como um cristal. Como um resultado disto, o Sat ou Krta Yuga (idade dourada) será restabelecida.

No Islamismo, há a crença que no Dia do JuízoDeus irá ressuscitar e julgar os mortos, mandando os justos para o Céu e os injustos, que não mostrarem arrependimentos de suas maldades, para o Inferno. As origens históricas da escatologia Islâmica parecem ser bem similares à Cristã, em virtude da origem comum entre Ismael e Isaac, filhos de Abraão. Também Maomé ensinou aos seus companheiros, como Jesus instruiu a seus discípulos, dizendo que  alguns deles iriam ver o fim das coisas no decorrer de suas vidas


No Judaísmo, o fim do mundo é denominado de acharit hayamim. Nos últimos dias os eventos tumultuosos abalarão a velha ordem do mundo. Dai  uma nova ordem será criada na qual Deus é universalmente reconhecido como a nova lei que organiza tudo e todos. O Talmud diz textualmente: "Deixe o fim dos dias chegarem, mas eu não devo estar vivo para presenciá-lo", porque os vivos na ocasião serão submetidos a tais conflitos e sofrimentos. Depois de seis mil anos, no calendário judeu, o sétimo milênio será uma era de santidade.

No  Zoroastrismo, a doutrina de Zoroastro é escatológica, onde o mundo duraria doze mil anos. No fim de nove mil anos  ocorreria a segunda vinda de Zaratustra para redenção, no final, dos bons, com julgamento  de todas as almas e a ressurreição dos mortos.

No Mormonismo,  Jesus Cristo irá aparecer antes de sua Segunda Vinda a líderes e membros da Igreja que viveram em várias eras, em Jackson County, Missouri, Estados Unidos da América.  Logo após, na Segunda Vinda propriamente dita, Jesus  Cristo se estabelecerá em Jerusalém e dirigirá uma era de mil anos de paz chamada de Milênio, quando Satã irá ser banido. Após o Julgamento Final, as pessoas serão separadas em três reinos divinos: o Reino Celestial, o Reino Terrestre, e o Reino Telestial.

Na Escatologia de Isaac Newton.  há uma parte da teologia e da filosofia sobre os últimos acontecimentos na história do mundo,  sobre o destino da humanidade no fim do mundo.

Na Cosmogonia escatológica dos Astecas Anahuac, há terríveis catástrofes cósmicas sobre os filhos dos sete sóis. Onde os filhos do primeiro sol, os protoplasmáticos, pertencentes à Primeira Raça ou Raça Polar,  pereceram devorados pelos tigres. Os filhos do segundo sol, os hiperbóreos, pereceram arrasados por fortes furações. Os filhos do terceiro sol, os lemurianos, pereceram por um sol de chuva e fogo e grandes terremotos. Os filhos do quarto sol, os atlantes, foram mortos pelas águas. E nós arianos, filhos do quinto sol, já estamos perecendo pelo fogo, água e por terremotos. Os filhos do sexto sol, os coradis, da futura Terra de amanhã, também morrerão. Enquanto os filhos do sétimos sol se converterão em homens solar.

Cosmogênese é a parte cosmológica que estuda o nascimento e evolução do cosmo. Em cosmogênese já foram propostas diversas teorias para explicar a origem e a evolução do cosmos, tanto no paradigma científico (cosmologia e astrofísica ), quanto no contexto místico, por meio da cosmogonia e da mitologia. Por meio dos mitos há  explicações sobre a origem do mundo. Assim a  mitologia grega, por exemplo, descreve que  do Caos surgiu Erebus, o lugar desconhecido onde a morte reside, e Nix, a noite. Relata que Haviam apenas o silêncio e o vazio. Dai nasce Eros  produziu o início de ordem, fazendo Luz e o Dia. Desta forma  Gaia aparece.  Da relação entre Erebus e Nix nasce Éter, a luz celestial, e Dia, a luz terrena.  E ainda Gaia gera Urano, o céu. Quando Urano torna-se o esposo de Gaia surgem todas as criaturas, TitãsCiclopes e Hecatonquiros. A ciência atual já teve comprovada  a teoria do big bang. O big bang agora é científico e de acordo com ele o Universo teria surgido de uma grande explosão há cerca de 12 bilhões de anos, quando então as primeiras estrelas e galáxias se formaram.

Na cosmogonia da Bíblia, o livro do Gênesis narra a criação do mundo pelo Senhor Deus, começando pela criação do céu e da terra e a separação das águas, em seis dias, tendo no sétimo dia Deus descansado. Hoje, a teologia considera esta narrativa alegórica, abandonando seu sentido literal. A Igreja Católica Romana atualmente já  aceita a teoria científica do big bang. Na cabala, ha a tradição esotérica e mística do judaísmo, onde criação do mundo e do Homem deu-se por emanações de um princípio chamado de Ain Soph, denominadas Sephiroth, em número de dez, e o seu conjunto forma a árvore da vida, que representa esotericamente o Homem ArquetípicoHomem PrimordialAdam Kadmon.

Na Teosofia de Helena Petrovna Blavatsky o cosmo é emanado de um princípio que é chamado de Parabrahman. Onde esta manifestação do cosmo ocorre de forma periódica, em um ciclo eterno, sem início nem fim. A cosmogênese influenciou as chamadas ciências ocultas e a Teosofia se fundamenta na filosofia oriental, particularmente o hinduísmo e o budismo

Na Cosmogonia escatológica dos Maias, há a descrição pormenorizada das sete raças, consubstancializada ao longo de um tempo cíclico. Onde cada uma das sete raças evolui ao logo de cinco, eras.  Na sua escatologia, generosamente os Maias nos deixaram orientações especiais para que cada um de nós, como contribuição para a elevação da humanidade, para que cada um de nós possa trabalhar sobre si mesmo e se qualificar para o amanhecer da galáxia. Os Maias nos alertam acerca da noite sombria que devemos passar até chegar ao amanhecer da galáxia, quando se inicia uma nova era, onde não haverá mais caos nem destruição. Eles nos deixaram o mapa do caminho, que devemos seguir esboçado nas sete profecias ou descrições embasadas nas conclusões de seus estudos místicos científicos sobre a mecânica de funcionamento do universo.

Na Cosmognose, há dois tipos de universos: o relativo e o absoluto. O universo relativo está contido no universo absoluto, que por sua vez contém o relativo. O universo absoluto é o todo e o universo relativo é a parte do todo. O universo relativo origina do universo absoluto no início do dia Cósmico e se dissolve no absoluto durante a noite cósmica. Todas as coisas do universo absoluto obedecem aos princípios da unicidade e da permanência ou eternidade e no universo relativo, todas as coisas obedecem aos princípios da dualidade ou relatividade e da impermanência ou efemeridade.

No universo absoluto todas as coisas são unas e eternas. No universo relativo todas as coisas são complementares, transitórias ou efêmeras e tem início, meio e fim. Se Deus existisse, então Ele era transitório, teria um início, meio e fim. Mas Ele não existe! Ele é! Por isso é eterno. Ele não disse para Moisés: Eu Existo. Ele disse assim: Eu Sou! O Verbo ser é mais forte do que o verbo existir, ele é revestido de permanência. Deus também não se autodenominou, nunca quis ter um nome. O homem já revestido de ideologia é que lhe atribuiu nomes, sempre "puxando a sardinha" para o lado masculino.

Do universo absoluto saem todas as coisas como unidade e se transformam em diversidade no universo relativo, onde se tornam impermanentes, passam pela lei da transformação, consoante o teorema de Lavoisier, reconverte na unidade e absolutiza novamente. Isto ocorre com todos os cosmos com os universos ou mundos. Eles saem do absoluto como substância protoplasmática, se diversificam, para a existência impermanente, passando pelo ciclo vital de nascimento, crescimento, envelhecimento e morte. Então é natural que o nosso mesocosmo terrestre, o nosso mundo tenha um nascimento, um crescimento, um envelhecimento e uma morte, no decorrer da existência deuterocósmica de nosso sistema solar de ORS à luz do paradigma holosótico, que conjuga a abordagem científica e mística de todas as coisas. Na cosmogênese de nosso mundo terrenal, a Terra surge do caos, se ordena e se cosmifica, para depois, mais tarde se descosmificar, se desordenar e ir aos caos, indo do Gênese ao Apocalipse.

Livros do Prof. Maurício