LEIS DE ENTROPIA E DE SINTROPIA
(Profº. Maurício da Silva)

Entropia é a grandeza que, em termodinâmica, permite avaliar a degradação da energia de um sistema. A entropia de um sistema caracteriza o seu grau de desordem. Define-se convencionalmente entropia como sendo a quantidade energia de um sistema que não pode ser convertida em trabalho de natureza mecânica, sem comunicação de calor a algum outro corpo, ou sem alteração do volume. A entropia se amplia em todos os processos irreversíveis e permanece constante nos processos reversíveis. 

Se tivéssemos desenvolvido tecnologia, ciência e consciência, em pleno segundo milênio, já poderíamos alimentar os famintos, abrigar os sem-teto, os sem-terra, os sem nada, proteger, criar e educar nossos filhos; transmitindo às gerações futuras oportunidades, para que tornassem cidadãos ecológicos, herdeiros e contribuintes da nossa herança humana, biológica e cultural. “Acredito que a resposta explanatória mais plausível para o cenário que temos diante de nós resida num fenômeno entrópico, de base comportamental e causa política, tanto individual como coletivo. De fato, vivemos um tempo de grande entropia biocultural. Mas o que isso quer dizer?” (José Maria G. de Almeida Jr.). 

O ego de cada indivíduo que compõe a sociedade se constitui no canal para atuação do fenômeno da entropia; e esta leva todo universo físico para o equilíbrio estático de energia e matéria, rumo à desestruturação, à degeneração, à dissipação, à estagnação e ao caos, consoante aos princípios termodinâmicos da física. Erwin Schrödinger mostrou em 1944, que os seres vivos não resistem a entropia física. E a sociedade humana é composta de Homo sapiens, elemento do reino animal, componente do conjunto dos seres vivos.

 "Se o atributo humano singular da educabilidade permite melhor compreender o comportamento social da humanidade, o que esperar da sua aplicabilidade na solução de problemas individuais ou coletivos, locais ou globais? Como, por exemplo, lutar contra a tendência política prevalecente no nosso tempo, de escolher sistematicamente o caminho para vencer a entropia biocultural, da miséria da condição humana, da degradação ambiental, manifestos nos quadros de decaimento generalizado do mundo de hoje? Como, enfim, aprimorar o homem, elevar a condição humana e preservar o planeta com desenvolvimento ecologicamente auto-sustentável?” (José Maria G. de Almeida Jr.).

Precisamos nos educar para viver em meio ao caos, com equilíbrio e serenidade. Temos que nos constituirmos em células positivas do mesocosmos; aqueles, que mesmo em meio à barbárie e ao caos, repensam suas trajetória para construção de um mundo melhor com um homem de perfil ecológico. Se educarmos as gerações do futuro com fundamentos na Psicologia Revolucionária, com certeza se abrirá a cada pessoa à possibilidade de autotransformação em direção a escalada luminosa de elevação do nível de seidade. A partir daí poderemos construir uma sociedade dialógica, com uma consciência ecológica desenvolvida, para gerir holisticamente um planeta auto-sustentável. 

O combate ao centrifuguismo antropocêntrico com uma educação centrípeta representa a chave capaz de abrir o universo psicológico do homem e apontar caminhos para um mundo ético, social, moral, ecologicamente aceitável e para destruição da entropia biocultural.

"Biologicamente, o homem de hoje é muito semelhante aos seus ancestrais de dez mil, cem mil e até de um milhão de anos atrás. Culturalmente, porém, as diferenças do presente em relação ao passado são tão fantásticas que são auto-evidentes. Mas o que dizer sobre mudanças na natureza psicossocial do homem, diante do quadro de grande entropia biocultural do mundo contemporâneo?” (José Maria G. de Almeida Jr.).

O pobre homemóide se vangloria do seu domínio sobre a natureza e sobre o ambiente; graças ao conhecimento e à tecnologia chegou ao ponto que está hoje: viagens extraterrestres, máquinas inteligentes e clonagem humana, coisas artificiais que representam um pseudoprogresso. O homemóide não levou em conta a sua absoluta ignorância de que tudo isto representou um afastamento da ordem natural das coisas, devido à atuação da entropia que atuou a serviço do caos.

A natureza psicossocial humana pouco ou nada mudou ao longo da nossa trajetória evolucionária como espécie humana, apesar das riquezas materiais acumuladas e de todo o progresso técnico-científico alcançado até agora, e nunca mudará; pois mudanças radicais nesta não são possíveis com evolução e só com revolução da consciência, através dos três fatores que a revolucionam a consciência.

 Nosso homem saiu do planeta, foi à Lua, quer chegar a Marte, mas ainda não conseguiu sair de uma condição de escravidão e miséria e nunca sairá enquanto persistir o ego, fator que embaça a consciência, engendra os defeitos que casam a violência social e ambiental. 

Graças a uma nova percepção sobre a vida e o ambiente da Terra, introduzidos pelas ciências centrípetas nos últimos 50 anos, o homem vem, gradativamente, redescobrindo o holismo univérsico, o todo, a interdependência de cada parte do todo, a transitoriedade e a finitude de todas as coisas do cosmo. "A consciência ecológica começa e termina no indivíduo, mas, passa pelo outro, tornando-se assim social e dialógica. Trata-se de um processo necessariamente ético e estético. Daí o verdadeiro ato educativo - não importa se escolar ou não escolar, formal ou não formal, em qualquer nível, para qualquer idade - ser a autotransformação que ocorre no contexto social da pantransformação” (José Maria G.). Devemos nos educar convenientemente para compreender e lutar pela erradicação da entropia biocultural, criar resistência a toda e qualquer forma de desordenação social que represente decaimento na escala de seidade. Pela capacidade do livre arbítrio podemos escolher e até fazer caminhos rumo à educabilidade, e daí, escolhemos e fizemos o mundo que se nos apresenta hoje. Assim, também poderemos fazer no futuro um mundo diferente, onde haja a justiça, a paz, o bem-estar comum, o mutualismo na alteridade e a sustentabilidade planetária. É por demais sombria a natureza homemoidal dos nossos tempos. Tempos de escândalos de todos os tipos, tempos de violência permanentemente violência à natureza, tempos de caos. A entropia nos arrastou bem para o fundo de poço, onde há obscuridade e desesperança e, daí só sairá aquele que revolucionar a consciência. Isto demanda, do lado iluminado da consciência, constante vigilância, discernimento moral, etc. Há uma profunda dor em minha alma por causa dos navios de petróleo que derramam no mar, matando os seres vivos; por causa fogo que queima incessantemente a mata da Amazônia; por conta das crianças que tombam nas escolas, nas ruas, nas casas, que dormem nas calçadas, etc, vitimadas pela violência generalizada, por causa do descaso político e da injustiça social. 

 A Segunda lei da termodinâmica diz que todo processo natural gera a entropia, uma medida de desordem. A entropia é a medida da desordem molecular. A entropia é uma lei de desorganização progressiva, do desaparecimento completo das leis iniciais que regem os corpos ou substâncias. Em qualquer sistema ordenado, aberto ou fechado, há uma tendência para a desorganização, para desintegração que só pode ser interrompida ou invertida através de uma fonte de energia dirigida para tal (Lei das Oitavas). Todas as coisas que foram criadas um dia, se ordenaram a partir do caos, que é a desordem, em direção ao cosmo, que é a ordem e coordenadas pelo princípio organizativo inteligente. Daí seguem novamente a trajetória do caos, caminhando agora para a desordem, em direção ao caótico, para num determinado dia, novamente seguirem o caminho da ordem, e assim infinitamente, em eternos ciclos da dialética pendular da mecânica holística. Define-se convencionalmente entropia como sendo a quantidade energia de um sistema que não pode ser convertida em trabalho de natureza mecânica, sem comunicação de calor a algum outro corpo, ou sem alteração do volume. A entropia se amplia em todos os processos irreversíveis e permanece constante nos processos reversíveis.

Hoje, aplicam-se as leis da física na análise de problemas sócio-econômicos pela sensação de segurança que elas dão, por pertencerem a uma ciência exata. As leis da física são discutidas pelas melhores inteligências e colocadas a serviço da tecnologia. A segunda Lei da Termodinâmica, a Lei da Entropia, se apresentou com muita resistência, ao longo dos anos, entretanto está é amplamente acatada e usada em outras áreas de conhecimento, como nas ciências sociais: na Psicologia, na Sociologia, na antropologia, na Teoria da Comunicação, etc. As leis e os métodos da Física podem ser aplicados plenamente à psicologia humana, pois esta é holisticamente constituída de energias também, pois está justaposta nos interior de um organismo humano, pertencente ao um ser vivo.

O homem precisa reavaliar a tendência das ciências centrífugas do antropocentrismo, que tanta nocividade trouxeram à ecologia humana e reorganizar métodos amortecedores dos efeitos destas na desorganização da sociedade, para que possa impor novos rumos à economia mundial e traçar novos modos de enfretamento dos desafios que temos no presente: violência, globalização da economia, desemprego estrutural, etc.  O modelo atual de desenvolvimento embasado no antropocentrismo possui sistema de produção, calcado num conjunto de coisas automáticas: máquinas, instalações, insumos de comunicação e transportes, etc; e que possuem objetivos de produzir para os seres humanos bens que a natureza não produz, e conseqüentemente acaba devastando o meio ambiente, produzindo violência, injustiça e caos. No novo paradigma holístico de formação do homem univérsico, integrado à mecânica holística, o sistema produtivo não é isolado do restante do universo, pois a matéria prima e as energias necessárias são extraídas da natureza viva, que é uma extensão de todos nós. Pois a energia que é usada na produção e os sistemas que transformam a energia contida nos combustíveis bem como a eletricidade em trabalho, necessário para transformar, extrair, movimentar, beneficiar, e separara a matéria prima, ao longo dos diversos estágios da produção, distribuir produtos e movimentar os rejeitos, provém dos seres vivos e dos seres brutos da natureza holística.

As ciências centrifuguistas convencionais conduziram a sociedade ao exercício de atividades econômicas não racionalizadas, provocando desequilíbrios sociais, ambientais e psicológico, cujos resultados negativos já se fazem sentir na forma de desemprego, ampliação das desigualdades sociais, redução forçada da capacidade de consumo do trabalhador e na globalização que trouxe em seu bojo a desnacionalização da economia que acarretou mais sacrifícios para os marginalizados e pobres. À luz das ciências centrípetas a maior parte destes desequilíbrios ambientais e sociais advém do consumismo, que representa uma doença da sociedade humana ou de sua parte mais favorecida. Se o ente humano não conseguir detectar as causas que lhe engendram a ambição, a cobiça, não terá como erradicar este vetor de desequilíbrio ambiental e social. A compreensão de que os princípios da entropia também se aplicam aos fenômenos que ocorrem no interior psíquico do homem, no seio da sociedade humana e na interação do homem com o ambiente indica-nos que devemos estabelecer inteligentemente limites para o consumismo, para pormos um fim nas desigualdades que há entre os seres humanos. 

O consumo descomedido de alimentos não melhora a qualidade de vida, nem traz a felicidade, conduz as pessoas à obesidade e à degeneração. A obesidade é uma doença resultante do consumismo e se dá a custa da subnutrição de muitos. Devemos lutar para construirmos uma sociedade mais justa, mais solidária, mais racional, mais consciente e com mais qualidade de vida. Cientificamente até hoje na Calorimetria não foi observado nenhum caso em que o corpo o mais quente tenha ficado ainda mais quente e o outro ainda mais frio durante a troca de calor, em decorrência do fato da conservação da energia. Até hoje não se pôde comprovar a impossibilidade de o calor passar do corpo frio para o quente, indo do potencial energético menor para o maior, apesar disto nunca ter sido observado; assim, o fenômeno da entropia se constitui num dos postulados que possuem credibilidade entre os cientistas. No universo relativo tudo que existe se resume a duas coisas: matéria e energia, que na verdade resultam na mesma coisa; pois matéria e energia efetuam interconversões. Na mecânica holística, o que é matéria agora, daqui a pouco será energia, que depois volta ser meteria novamente, pois a matéria se transforma em energia e vice-versa; na dialética cósmica tudo é dual, se manifesta pela complementaridade, que na física chamamos de relatividade, enquanto que no universo absoluto tudo é uno.

O princípio organizacional do cosmos, para controlar a diversidade das coisas do universo relativo, que emana do universo absoluto, aqui no mesocosmo conta com 48 leis, conforme nos ensina o Dr. Samael em sua Cosmognose. Então, dialeticamente temos: ação-reação; evolução-involução; entropia-sacrifício ou lei das oitavas. Quando estou dando aulas de física para meus alunos, explico que a entropia é lei de igualação energética. Para tal cito o exemplo de que se misturarmos meio copo de água quente a 100C, com meio copo de água fria a 20C, iremos obter uma mistura de água morna a 60C. Como a entropia é um fenômeno de equilibração para baixo, a energia fluiu do corpo de maior para o de menor temperatura, não ao contrário. Nunca a energia térmica fluirá do potencial menor para o maior, sempre ao contrário, pela entropia.

 Da mesma forma, se colocarmos uma laranja podre em meio a laranjas boas, estas se tornarão podres. Ao contrário, se colocarmos uma laranja boa em meio às podres o que acontecerá? Quando eu trabalhava de Conselheiro Psicológico da Portuguesa Santista, antes de jogo, na preleção aos jogadores eu dizia sempre para que ficassem atentos ao fenômeno da entropia, dizendo-lhes que se um jogador atuar bem numa partida de futebol, isto se constituirá numa corrente de energia positiva que se transmitirá a todos, fortalecendo o conjunto e em conseqüência, coletivamente todos atuarão bem. Entretanto, se alguém estiver atuando mal, tem que ser substituído de imediato, antes que a corrente negativa de energia atinja os demais jogadores e acabe desanimando a todos, o que virá resultar numa má atuação de toda a equipe. 

A entropia está presente em todas as partes do cosmo relativo: no macrocosmo, no mesocosmo, e no microcosmo, tanto ao nível de matéria grosseira como em energia sutil. No nosso microcosmo, a entropia atua tanto no corpo físico quanto na psique, degenerando-os gradativamente.

 maior parte da humanidade está sucumbida pela lei da entropia e não faz nada para melhorar a si mesma, para elevar o seu nível de seidade, para adquirir compreensão e despertar a consciência ecológica. Assim, a cada dia que se passa, a massa homemoidal vai se deteriorando, ficando mais degenerada, muito mais agressiva e violenta. O Dr. Samael nos ensina, em sua Psicologia Revolucionária, que as mentes das pessoas, que estão sob entropia, vão se degenerando progressivamente, vão se atrofiando, partes do cérebro vão deixando de funcionar e as pessoas vão se tornado cada vez mais imbecis.

 O fenômeno da entropia, progressivamente, acaba igualando a todos em níveis mais subalternos. Pobres e ricos, negros, amarelos e brancos, homens e mulheres, todos acabam se imolando pelo fenômeno da entropia em suas sepulturas. Podem ser enterrados em bonitas e luxuosas sepulturas, belos caixões ornamentados, ou em covas grosseiras de feias sepulturas, que ambos ficarão iguais pela entropia, após decomposição através das bactérias. 

Já sabemos que cosmos é ordem, é beleza, que dialeticamente se contrasta com caos, que é desordem, é tristeza e feiúra. O fenômeno da entropia leva todas as coisas ao caos, à feiúra, ao desequilíbrio, etc, se não houver a sua oponente dialética, o fenômeno do sacrifício, atuando em sentido contrário. A lei das oitavas ou dos sacrifícios conduz tudo à beleza, à organização, ao equilíbrio, enquanto que a entropia age no sentido contrário.

Numa estratégia espetacular da natureza, os agentes decompositores, fungos e bactérias exercem um papel importante para o fenômeno da entropia, na reciclagem dos materiais da natureza, ao transformarem seres vivos em seres brutos. Como a entropia, gradativa e progressivamente, produz desordem, definha, desestrutura tudo, ela acaba se constituindo numa força desordenadora a serviço da mecânica holística; é pode ser visto em ação na tarefa de decomposição dos seres vivos através dos fungos e bactérias que destroem os átomos e moléculas dos organismos em defunção, no final de suas existências.

Por outro lado, há nos seres vivos autótrofos e heterótrofos a capacidades de transformação de seres brutos em massas vivas, para complemento da dialética da natureza transformativa no universo holístico. É extraordinário o poder do fenômeno holístico das transformações. Por isso a palavra transformação pode ser substituída por uma sinônima, chamada magia. É mágica a transformação que a mecânica holística produz a nível atômico, molecular, sistêmica e cósmica no universo para assegurar a ordem, a beleza e o equilíbrio na natureza. Em qualquer átomo, molécula e sistema do universo está presente a ordem. Nas raízes, nos caules, nas flores e nas demais estruturas de uma planta está presente a ordem. Nos átomos, moléculas, órgãos e sistemas dos organismos microcósmicos está presente uma ordem. Se há ordem nos cosmos, nas partículas atômicas e moleculares, como conseqüência, é porque há ordem nas estruturas subatômicas, nos íons, nos elétrons, nos prótons e nêutrons, como efeito, é porque é emanada de um princípio ordenador como causa de toda a mecânica holística dos cosmos. "Eu não poderia conceber ordem em uma molécula de cobre ou de amido sem uma força ordenadora”(Dr. Samael). 

Podemos concordar com o Dr. Samael de que há uma força ordenadora e inteligente bem visível à consciência holística; e que uma força ordenadora se constitui em algo que é revestida de inteligência organizativa, pois ela não poderá vir do acaso como querem os ateus materialistas. É impossível para uma mente sadia chegar a pensar que uma força organizadora, que é capaz de organizar átomos, moléculas e sistemas micro e macrocósmicos, pudesse advir do acaso. Como pode uma força ordenadora vir do acaso, se o acaso não possui inteligência? Se o acaso tivesse condição de produzir uma força ordenadora inteligente, não deixaria de ser acaso para converter-se num extraordinário princípio inteligente? 

Qual seria este princípio inteligente, diretor, ordenador, coordenador, maravilhoso que a tudo ordena no cosmo, e que através deste princípio organizacional deu existência à vida e a tudo que há no universo, mantendo-o em expansão, involução, evolução e revolução contínua, para toda a eternidade? Deus não joga dado, disse Einstein. Com isso queria dizer que o universo não foi criado aleatoriamente, casualmente, como querem os ateus materialistas, mas sim, divinamente arquitetado pelo Criador do Princípio Organizador, pela Inteligência Cósmica, que é Deus.

 No cosmos tudo, que se coloca em consonância com esta força ordenadora, se cosmifica; tudo que se coloca contra, se torna caótico, incorporando à entropia, para ir, gradativamente, produzindo a desordem nos átomos, nas moléculas, nos sistemas, nos seres vivos e nos seres brutos, mas que também faz parte da Inteligência Cósmica de um mesmo Deus.  A entropia é degenerativa, quando ela pega nosso organismo físico, vai deteriorando até levá-los ao caos. Mas, o mais grave é que quando a entropia atinge o nosso universo psicológico vai deteriorando nossa mente, degradando nossas virtudes, transformando-as em defeitos, destruindo os nossos valores, para transformar-nos em seres homemóides antiecológicos, agentes destruidores do meio ambiente e engendradores de violência múltipla a nossa Terra. 

Devido à entropia, à medida que a atmosfera vai se tornando mais rara, se torna menos eficaz na tarefa de análise e decomposição dos raios solares, para transformá-los em luz e calor. Da atuação da entropia no microcosmo hominal, especificamente na psique do ente humano, resultou, ao longo dos tempos, a degradação dos valores morais, a violência e o caos social. Devido à atuação da entropia no microcosmo hominal, a sociedade humana já é, no segundo milênio, um corpo doentio, que está em decomposição progressiva a caminho da desordem, em direção ao caos. 

Em decorrência da hipertrofiação do ego no homemóide humanoidal, a sociedade se igualou entropicamente para baixo; já é notória a estas alturas a sua configuração violenta, sua feiúra e sua inércia; está despojada de solidariedade, fraternidade, alteridade e outros valores transcendentais da escala de seidade. Como pode uma sociedade como a nossa, que habita um paraíso mesocósmico como a Terra, decair tanto na escala de seidade, rebaixando o seu nível moral, espiritual, ético, destituindo-se das virtudes da solidariedade, da fraternidade, afastando-se definitivamente da paz e do amor?

A entropia é um fenômeno universal, é uma lei univérsica, que atua em todas as coisas do micro, do meso e do macrocosmo. Os homemóides converteram os nossos rios, lagos, mares e oceanos em lixeiras, onde depositam lixos convencionais e atômicos, derramam petróleo e resíduos das experiências nucleares, etc. Assim, assassinam os peixes, poluem o "Berçário da Vida", os manguezais, destruindo seus habitantes. O agente homemóide está destruindo a atmosfera, contaminando os frutos da terra e as verduras também; está adulterando animais e vegetais através de enxertos, de clonagem, etc; o homemóide antiecológico vem fusionando átomos, descosmificando-os, desorganizando-os para o caos da matéria e Terra.

 Pela entropia se chegou aos enlatados de laranjas e frutos sem sementes e um amontoado de alimentos artificiais que aí estão, se distanciando da ordem natural das coisas. Tudo isto, por tentar construir progresso com uma ciência destituída de consciência. Como pode chamar de progresso tecnológico, ao processo de produção, que degenera os vegetais, os animais e os minerais, impulsionando-os pela trajetória da entropia, conduzindo a Terra à agonia, ao caos? 

Nossa amada Terra já está em processo de agonia, está ficando muito doente, com febre e está se tornando estéril, em decorrência da violência que lhes é imposta pelo homemóide inconsciente; deste modo certamente a Terra será queimada pelas mil umas explosões atômicas, que fazem à custa de energia nuclear; assim, a Terra certamente se imolará para se converter em mais uma Lua do espaço deuterocósmico, em algo morto, totalmente destituído de força vital.  

 O Fenômeno das OitavasCorrente do Som , Lei do Sacrifício ou sintropia constitui-se na lei que complementa dialeticamente a lei da entropia, no par complementar do binário das transformações, traduzido pelo par entropia/sacrifício. O fenômeno da entropia atua em nossa psique por intermédio do desânimo, da preguiça, etc., e nos conduz a inércia, ao ócio, ao imobilismo, a anticidadania, etc. Por outro lado, o fenômeno das oitavas nos leva ao dinamismo à ordem, à operosidade, a cosmificação, à beleza, à cidadania, etc, através da lei do sacrifício. A entropia age mecanicamente em nós, enquanto que o sacrifício só pode ser causado e coordenado pela nossa consciência de modo voluntário, para levantar da queda que nos impõe a entropia, mediante um sacrifício voluntário e consciente. Tudo se comporta como um móvel, estacionado no ponto mais alto de uma trajetória. Se soltarmos os freios deste, descerá aceleradamente pela ação da gravidade, até atingir o ponto mais baixo da trajetória. Daí, para arrastá-lo novamente até o ponto mais alto, teremos que impor uma força extra, através do sacrifício muscular ou do sacrifício de algum combustível.

 Qualquer coisa que queremos fazer, seja num empreendimento material ou espiritual, temos que estar atentos ao fenômeno da entropia, porque no início da trajetória quase tudo vai muito bem; no ponto médio, mais ou menos e, no final, de mal a pior. Por isso, em todo empreendimento que fizermos, seja psicológico ou físico, temos que provocar choques contínuos, por intermédio do sacrifício, para evitarmos a estagnação e o fracasso total seja no namoro, no casamento, no trabalho, nos negócios, etc.

 Para vencermos a entropia veiculada através da preguiça e que nos leva ao desânimo, impondo-nos a inércia e a ociosidade, temos que nos sacrificarmos muito, após um almoço, por exemplo, e nos colocarmos em movimento, mantendo-se de pé, para não ser levado para cama e dormir excessivamente, de modo mecânico. Assim se depreende que podemos vencer a força da entropia, antepondo-lhe outra força de oposição chamada sacrifício. Quando sacrificarmos os desejos que nos levam ao hipertrofiamento dos nossos defeitos por intermédio dos prazeres, construiremos as virtudes da alma e despertaremos a consciência. As virtudes não nascem do acaso, pois é causada por intermédio do processo de construção da consciência, através dos três fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária.

Para construirmos a virtude do altruísmo, temos que sacrificar o defeito da cobiça, a abominável ânsia da ambição materialista; para construirmos a virtude da filantropia, temos que sacrificar o defeito da inveja, que tanto nos impede de ajudarmos o próximo; para construirmos o amor e a alegria que sentimos pela felicidade alheia, temos que sacrificar a ira, o ódio, a indiferença, a aversão, etc, e trabalharmos gratuitamente, sem nada receber, pelo bem do nosso semelhante. Assim, podemos depreender que qualquer tipo de movimento, seja físico ou metafísico, depende do sacrifício de alguma coisa. Desta forma, se não houver o sacrifício de todos nós em favor da natureza que está se deteriorando por meio do fenômeno da entropia, o seu tempo está se encurtando, e ela poderá chegar ao fim em breve! Se nós que somos os seres mais importantes do holismo da Terra, nada fizermos em prol do nosso mesocosmos, certamente a entropia o imolará. A entropia estudada pela física, que é propriamente a segunda lei da termodinâmica, é uma das 48 leis mesocósmicas. A palavra entropia vem do grego e significa transformação para níveis mais baixos, para igualação em níveis inferiores de energia.

Fala-se que por causa da entropia a Terra está girando mais lentamente, em torno do seu próprio eixo, sua rotação vai ficando cada vez mais lenta. Desta forma, a Lua irá se afastando gradativamente, em decorrência da diminuição da verticalidade de rotação e assim, pela entropia, a Terra se converterá, um dia, em mais uma rocha dura no espaço, destituída de beleza, sem vida e totalmente descosmificada. Assim vimos um exemplo de entropia mesocósmica.   

Ao bem da veracidade dos fatos a entropia vem degradando os seres vivos e natureza ao longo das quatro idades da Raça Ária, para decompô-los em definitivo nesta travessia para a 6ª Raça Humana do planeta Terrra. Dos elementos da Terra, convertido em caos pela lei de entropia, ressurgirá uma Terra Nova, configurada pela lei de sintropia.

A travessia é prenunciada por todas as religiões. É descrita pelo V.M. Samael como sendo a Era de Aquário, cujo início deu em 1962. Para os maias este período de transição inicia-se em 2012. Esta travessia corresponde ao percurso que o nosso Sistema Solar de ORS efetua na Constelação de Aquário, no cinturão zodiacal, num período de mais ou menos dois mil e alguns anos. Este movimento do Sol ORS através da Constelação de Aquário se configura em duas etapas: percurso de saída, de afastamento da Constelação de Aquário, no movimento de ida e de aproximação, no movimento de volta . No percurso de saída, o Sol se afasta do centro da Constelação de Aquário, percorrendo uma trajetória que finda no ponto onde inicia a Constelação de Peixes, num período de mil e poucos anos. No movimento de volta o Sol se aproxima do centro da constelação de Aquário, numa trajetória que vai do ponto final da constelação de Capricórnio até a chegada no ponto central de onde partiu, na Constelação de Aquário, num período de mil e poucos anos. No período correspondente ao movimento de afastamento do Sol, o planeta Terra sofre transformações de restauração, se cosmifica, se ordena, se configura como um novo mundo, comandado pela lei da sintropia. No período que corresponde ao movimento de aproximação do Sol ao ponto central da trajetória, na Constelação de Aquário, o planeta Terra sofre transformações de descosmificação, se decompõe, vai ao caos, por meio dos múltiplos cataclismos, coordenados pela lei da entropia.

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