OS SETE COSMOS
(Profº. Maurício da Silva)

O termo Kosmos (Κοσμος) ou Cosmos é uma palavra grega que significa ordem, limite, beleza, etc. Por exemplo, quando uma mulher quer ficar bela utiliza cosmético. A palavra cosmética é da família da palavra cosmo, tem o sentido de beleza. Por outro lado, na dialética dos contrários, caos é o oposto de cosmos, significa feiúra e desordem, etc.

Na mecânica cósmica de originalização e expansão do universo tudo é dinâmico, nada é estático como se supunham. Giordano Bruno acabou na fogueira por ter-se atrevido a supor que o Universo era infinito, que as longínquas estrelas eram outros sóis, e que no espaço infinito o Universo se expandia. Ele se baseou no fenômeno conhecido como "efeito Doppler". O Cosmo Possui um ciclo vila semelhante ao nosso: nasce, cresce, envelhece e morre, num eterno movimento de retorno e recorrência ou de evolução e involução.

O termo cosmos é sinônimo da palavra universo do Latim. Universus, no Latim significa "todo inteiro", pureza, composto de unus e versus. Existem dois Universos o Absoluto e o Relativo. No Absoluto tudo é uno (um), no Relativo tudo é verso (vários). No Absoluto tudo é unidade e no Relativo tudo é dualidade. Holisticamente falando os mundos físicos, universos relativos, são as partes do todo (Absoluto). O Universo Absoluto é a alma de Deus e o Universo Relativo é o seu corpo físico. Deus está em tudo e tudo está em Deus, numa eterna relação de interdependência. Deus é o todo de tudo.

O Universo Absoluto é a grande realidade cósmica, é permanente, não possui começo, nem meio e nem fim. O Universo Relativo é impermanente, é impermanente, é ilusório (Maya, em Sânscrito). Tudo isto é comprovado cientificamente. O Big Bang, ou grande explosão, também conhecido como modelo da grande explosão térmica, colaborado pelo princípio de Friedmann, pelo qual enquanto o Universo se expande, a radiação contida e a matéria se esfriam. Pela teoria do Big Bang a expansão do Universo se dá de um ponto A do espaço para um ponto B (evolução) e depois retrocede no espaço, indo de B para A (involução).

Na mecânica do universo os fenômenos de criação e de movimentação de todos os corpos são cíclicos, partem dos caos e chegam ao cosmos e vice-versa, numa eterna repetição. Na cosmogênse, o período de expansão do cosmo, que vai desde seu nascimento até a sua morte, é denominado Dia Cósmicos ou Mahamanvantar. O período de contração é denominado Plalaya e tem a mesma duração do mahamvantara.

Na movimentação de ida, ocorre o fenômeno da cosmificação ou da ordenação de tudo no todo, que é comandando pela leia da evolução. Na movimentação de volta, acontece o fenômeno da descosmificação ou da desestruturação de tudo do todo, sob o comando da lei da involução.

No decorrer da cosmificação, as substâncias nascem, crescem; em seguida vão se complicando até a morte. No cosmo tudo nasce, se organiza, se complica e morre, se desorganiza e vice-versa. Então evolução se define como sendo o fenômeno da complicação da energia de tudo do todo e involução é a sua descomplicação. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche, grande iniciado alemão propôs a hipótese, na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém, se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.

Cada Pralaya ou noite cósmica, aplicados aos planetas, segundo a Teosofia, é o período de tempo do ciclo de existência dos planetas em que não ocorre atividade. Ele dura, segundo o computo dos Brâmanes, 4.320.000.000 anos. O período de atividade dos planetas é chamado de Manvantara, que tem a mesma duração do pralaya. Manvantara (ou Kalpa), segundo a Teosofia , é o período de tempo do ciclo de existência dos planetas.

O termo Mahamanvantara é aplicado para designar um período constituído por 100 "Anos de Brahman", que se constitui em uma "Vida de Brahman". Cada Mahamanvantara se constitui de 311.040.000.000.000 de anos. Este é, segundo Blavatsky, o período de atividade do cosmo, seguindo-se um período de inatividade, chamado Mahapralaya, de igual duração. 360 Manvantaras e igual número de Pralayas constitui um "Ano de Brahman". A vida de Brahman se constitui de 100 anos de Brahman.

Em síntese, temos: 4.320.000.000 anos = 1 manvantara ; 360 manvantaras = 1 ano de Brahman; 100 anos de Brahman = 1 Mahamanvantara

Então pela lei dos opostos, tudo do todo se cria em cada Dia Cósmico ou Mahamavantara. Depois do Dia Cósmico vem a Noite Cósmica ou Mahapralaya por um período igual de 311.040.000.000.000 de anos, durante o qual tudo no todo se desintegrará.

Este fenômeno de criação de mundo, em um Mahamanvantara ou Dia Cósmico e a sua correspondentes descriação, em um Mahapralaya ou Noite Cósmica, se constitui numa mecânica absurda, chamada Maya ou ilusão, que só existe devido ao carma dos Deuses. Por isto tudo que possui existência no espaço e no tempo, tudo que é impermanente, é ilusório, irreal. Só é real, permanente, eterno, aquilo que não existe, aquilo que é, Deus. Todo o Universo Relativo do cosmos é uma grande ilusão, é passageiro. Só o Universo Absoluto é real, porque é eterno.

Qual a causa cosmogênica responsável pela criação dos cosmos, mundos ou universos? Como já vimos o termo universo do latim tem o significado de puro para os romanos; enquanto que o vocábulo cosmos do grego significa belo, como podemos comprovar na análise da palavra cosmético, uma palavra derivada de cosmo que significa beleza, pois é designativa de ingredientes usados para embelezar-se esteticamente.

No idioma português usamos o vocábulo grego kosmos de duas formas: cosmo e cosmos. Usa-se cosmo, com ou sem hífen, com o significado de universo, o que podemos ver, por exemplos, nas palavras sem hífen: cosmogonia, cosmografia, cosmologia e com hífen: cosmo-sideral, microcosmo-hominal, etc. Em segundo lugar usamos o vocábulo português cosmos em alusão direta ao Kosmos do grego, em palavras que não comportam necessidade de composição e com o sentido universos.

Naturalmente todos nós moramos em uma casa, que está inserida em uma rua; a rua pertence a um bairro; o bairro está contido na cidade que, por sua vez, pertence ao estado; o estado está contido no país; o país está contido no continente e o continente está dentro do planeta Terra. E o planeta Terra onde está? Nosso planeta pertence ao Sistema Solar de ORS. O Sistema Solar está contido na Galáxia de Gutemberg, que está contida na Via Láctea. A Via Láctea está contida no Universo. O Universo não é o fim de tudo.

Como disse Einstein: Depois de cada Universo há um espaço vazio e, depois do espaço vazio, vem outro Universo e assim sucessivamente; e o conjunto de todos os universos compõe o cosmos. E o que são os cosmos? Conforme ensinamentos contidos nas obras científicas do Dr. Samael Aun Weor - que em sua cosmologia transcendental nos fala acerca de um universo extraordinário, composto por um conjunto de mundos emanantes e transcendentes - há sete cosmos: Protocosmos, Ayocosmos, Macrocosmos, Deuterocosmos, Mesocosmos, Microcosmos e Tritocosmos.

Livros do Prof. Maurício