Nesta lição o VM. Ensina-nos que toda a humanidade é uma grande família. Mas que devido aos nossos eus de apego, eus do afeto, nos tornarmos inconscientes e passamos a considerar como família apenas algumas pessoas que nos rodeiam. O que redunda num forte egoísmo, pois todos os seres humanos, sem exceção de raça, credo, casta ou cor, se constituem em uma única família, a Família Humana.

Se quisermos trilhar o caminho do Cristo, não devemos enxergar como irmãos apenas os que nos rodeiam desde o berço, o que se constitui numa fragmentação da família universal. Daí a necessidade de erradicarmos de nossa psique os agentes psicológicos do egoísmo, para que possamos ter a dita de vislumbrar cada indivíduo humano como um irmão.

Necessitamos compartilhar os ensinamentos acerca dos Três Fatores de Revolução da Consciência com todos os nossos irmãos, levar-lhes os ensinamentos que nos deixaram os Veneráveis Mestres Samael Aun Weor e Rabolú, mostra-lhes a senda que conduz à liberação final, para que um dia possam encontrar com Deus.

Se a gente quer realmente se salvar, temos de lutar para salvar primeiro os nossos irmãos pertencentes à grande humanidade. Devemos lutar pela felicidade, o amor e a paz de nossos irmãos, pois como poderíamos construir a autêntica felicidade Nirvânica ou Paranirvânica, aqui e agora, se não trabalhamos pela felicidade dos outros? Para trabalharmos deliberadamente a favor de nossos irmãos temos que eliminar de dentro de nossas almas os agentes psicológicos do ódio, criar um espaço estável no reino do amor.

Devemos eliminar os agentes da discórdia, os eus do revanchismo e tudo aquilo que nos incapacita para amar. Todos os grandes mestres da humanidade sacrificaram as suas vidas por ela, como fez Jesus Cristo que entregou a sua própria vida em prol dos seus semelhantes. Cada um de nós, se um dia chegar aos céus, chegará sozinho, não chegará de mãos dadas com o seu cônjuge, ou abraçado com algum membro de nossa família. Chegada a hora da morte, os bons ou maus tratos dos pais, o nome e sobrenome da família, o carinho dos irmãos ou dos amigos, não passam de algo que ficou para trás.
Nos finais dos tempos, ao desvincularmos da Roda do Samsara, a única família que sobrará em nós é partícula monádica, integrada através das subpartículas Atman-Buddhi-Manas, Pai, Filho e Mãe Interna. Todos os milhões de seres humanos terão ficado para trás. Com tudo isto não se quer dizer que não devemos importar mais com a nossa família imediata. Pelo contrário, devemos importar mais ainda. Ao mesmo tempo em que se vai dando mais importância também a todos os outros membros da humanidade.

Quem quiser seguir em frente no caminho crístico, tem que experimentar a realidade dos fatos acerca da família, passar por duras provas iniciáticas, para chegar à convicção que a família é toda a humanidade.  Quando  a cada um de nós chegar à morte, é que poderemos experimentar, se tivermos um pouco de consciência, a realidade acerca da família. Após desligar-se do corpo físico, iremos abandonar a nossa morada para submergir no seio da natureza, que é a nossa Mãe, onde iremos visualizar os vales profundos, montanhas mil, oceanos, mares, nuvens, ar, Sol, componentes da mecânica holística. Aí todos os nossos familiares terão ficado para trás, no passado. Estaremos submergidos na eternidade, numa natureza holística, onde já não existe mais família, já não teremos casas, etc., porque somos partículas desta natureza.

A todo iniciado que se propõe percorrer a senda do caminho reto, deverá ir erradicando os eus do apego familiar, pois  ser-lhe-á aplicado nos mundos internos a prova do Abraão, para medir o seu nível de desapego familiar. Esta prova muito dura e só saem vitoriosos delas, aqueles que estejam verdadeiramente morrendo em si mesmo para os defeitos do apego familiar, conforme conhecemos das escrituras sagradas, naquele episódio que se passa entre Abraão e Isaac, para testar o apego familiar.

Portanto, a grande realidade sobre o nosso grupo familiar é que parentes, irmão, tios, sobrinhos, pais, avós, etc., se constituem em coisas do tempo, que morrem no tempo, tem começo, meio e fim, é maya, é ilusão; coisa que precisamos compreender através do trabalho gnóstico ao morrermos para maya. Com o despertar da consciência é que poderemos compreender a realidade sobre a nossa verdadeira família, poderemos saber e sentir a cada um dos nossos irmãos como sangue do nosso sangue, carne da nossa carne.

Não só os seres humanos, mas sim todos os animais, vegetais, todos os seres vivos da natureza, que coexistem conosco simultânea e interdependentemente. Por tudo isto devemos melhorar ainda o nosso inter-relacionamento com os nossos familiares mais próximos, nos tornado o melhor irmão, o melhor pai, o melhor marido, a melhor esposa, etc., e retransmitir este grau de melhoramento ao grupo social que pertencemos se constituir no melhor aluno, no melhor professor, no melhor empregado, no melhor patrão, no melhor cidadão, num verdadeiro soldado defensor da natureza e de todos os seres vivos, num guardião da paz e da justiça.

QUESTÃO DE ESTUDO

Após a leitura deste texto, acesse a página www.agsaw.com.br/tema45.htm, assista aos vídeos da aula 45 e faça uma síntese conceitual do assunto a Explicação sbre a Família..

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