AS TÉCNICAS DE MORTES PARA DISSOLUÇÃO DO EGO
(Profº Maurício)

A ferramenta utilizada para desenvolver o trabalho de liberação da Essência é a Morte Mística e ela é utilizada na prática com algumas técnicas, que chamamos Técnicas de Dissolução do Ego. O trabalho de dissolução do ego é feito de modo contínuo, ao longo da trajetória de Revolução da Consciência, desde o início do trabalho do estudante gnóstico até o fim.

Podemos dizer que existem basicamente cinco modos de se fazer a morte mística contínua, com cinco técnicas principais, com relação ao tempo de atuação do detalhe do eu: antecipada ou preventiva, em marcha, postergada, alquímica e definitiva.

Podemos chamar a morte contínua ou continuada de morte intensiva. Então a morte intensiva é aquela em que se trabalha, no processo de desintagração do eu, de modo contínuo, de instante a instante e entre os instantes.

Não devemos confundir morte contínua com morte acelerada. Pois aceleração é uma grandeza física que a rapidez de variação da velocidade. Quanto maior a caeleração, maior é a velocidade e vice-versa. Aceleraçãoe velociadade são grandezas físicas diretamente proporcionais. Portanto morte acelerada se relaciona com a velocidade que se aplica ao processo da morte. Podemos desintegrar um eu em maior ou menor tempo, dependendo da velocidade que aplicarmos ao processo da morte mística.

1º Morte Antecipada - Também pode ser chamada de morte preventiva, pois ela evita que os elementos psicológicos adentrem ao palco da nossa mente para atuarem, para roubarem energia e alimentar uma das sete raízes a que estão inseridos. Portanto se aplicarmos este tipo de morte ao eu não consegirá alimentar a raiz ou legião egóica, que por falta de alimento, com o tempo morrerá.

A morte preventiva, tem ação de prevenção. Na prática corresponde ao "orai e vigiar" de Jesus Cristo, ao "rogai por nós agora" da Ave-Maria, ao "não deixar cair em tentação" e o "livrar de todos os males" do Pai Nosso de Nosso Senhor Jesus Crsito, etc.

Na orção da Ave-Maria a gente diz: "rogai por nós, agora!" Isto é, no estado atual, em que o eu ainda não está atuando.

Na oração do Pai Nosso a gente diz: "não nos deixe cair em tentação"! "Livra-me de todos os males". Isto é, o eu não está atuando ainda, quando estamos num estado de não desejo, de não prazer, de não identificação, etc. Porém quando o eu começar atuar, o que correponde a cairmos nas armadilhas do tentador, cair em tentação e cometer o delito, o pecado, etc. Cair em tentação corresponde a cairmos num num estado de indentificação, de fascinação, de fanatismo, de desejo de obtenção de um prazer, etc. De onde dificilmente conseguiremso sair, antes que este desejo seja satisfeito, na forma de gozo, de deleite da carne, de prazer, etc. Então com a oração, a súplica ou pedido de morte antecipada teremos a interssessão da Mãe Divinan ou Pai Celestial para nos livrar de todos os males.

Pela morte preventiva consegui deixar de fumar, livrar-me de muitos vícios, libertar de muitas coisas e evitar muitas situações complicadas em minha vida. Mesmo no tempo que eu ainda não conhecia agnose. Eu a praticava a morte preventiva, na forma de oração, para que Nossa Senhora e o Pai Celestial me livrasse de tais e tais males. E quando os cometia, sofria amargamente, arrependia e reforçava a petição para que em ajudassem a não repitir tal pecado novamente!

Na morte antecipada e na morte em marcha não há a ação da Divina Mãe na dissolução do detalhe do eu imediatamente, mas sim há a ação de impedimento de atuação deste eu. O que o impede de roubar a nossa e energia para alimentar a raiz da legião a que pertença. E por falta de alimento, com o tempo, a raiz vai enfraquecendo até morrer.

A morte preventiva ou antecipada impede a atuação do eu, a formação de representações da mente, a tagarelice interna e nos impede de cair em tentação, livrando-nos de todos os males.

2º. A Morte em Marcha- Também pode serchamada de imediativa. Ela é empregada quando o detalhe do eu já esteja atuando, roubando energia de nós, para alimentar a raiz ou legião a que pertença. Ela tem este nome, dado pelo V.M. Rabolú, porque mediante à nossa petição há uma intervenção imediata da Divina Mãe para deter a marcha de atuação do eu.

3.º A Morte Postergada ou reflexiva, mediativa ou remediativa- Ela pode ser chamada de reflexiva por depender do processo de reflexão, no momento de se analizar o processo de atuação do eu que atuou em momentos atrás. Ela é mediativa, irremediativa ou curativa. Ela é empregada a posterior, quando o eu já atuou, roubou energia, alimentou e robusteceu a raiz ou a legião a que pertence. Para fazê-la é preciso se utilizar a da imagem o representação do eu, num isntante em que ele já esteja mais atuando, pelo processo da retropecção, análise, compreensão, inventário e julgamento do eu.

Os três processos de morte ao ego, se comparados à nossa saúde psicossomática, pode se dizer que a morte antecipada é como uma medicina preventiva, que se aplica à pessoa quando ela está com saúde ainda, para evitar que venha a ficar doente. A morte em marcha corresponde em tratar o paciente ainda no início da patologia. A morte postergada coresponde a ao remédio que se deve aplicar ao doente já em estado grave, para o restabelecimento de sua saúde.

4.º Morte Alquímica - É aquela que o estudante gnóstico se aplica em determindo inste da prática da maithuna. Na morte alquímica pode trabalhar a morte preventiva, em marcha e postergada.

5.º Morte Definitiva - É morte dos eus causais, quando o estudante gnóstico esteja já na Segunda Montanha. Ela é feita pelo Cristo Interno em conjunto a Divina Mãe.

Este processo de dissolução do ego através dos cincos modos é denominado de Morte Contínua. A morte contínua epossui então estes cinco modos e se constitui didaticamente das seguintes partes: Morte Preventiva, Morte em Marcha, Morte Postergada, Morte Alquímica e Morte Definitiva.

Morte antecipada, morte preventiva ou morte em perspectiva - É aquela que faz na prevenção, isto é, antes da atuação do eu, antes do inicio de sua marcha. Sabemos os milhões de eus, componentes do ego, residem em determinada região do nosso espaço psicológico, de onde saem para atuar e para onde votam após a atuação.

Então fazemos a petição a nossa Mãe Divina para fazer a eliminação destes resíduos onde quer que eles estejam para impedir estes eus de atuarem ou de reatuarem, para amenizar a pulsão que estes eus têm para nos levar ao erro. Então é o tipo de morte que faz antes da atuação do detalhe do eu, ou antes, da sua reatuação.

Aplica-se a Técnica da Morte preventiva para se evitar a atuação oculta, subconsciente do eu, nos Cinco Cilindros da Máquina Humana. Este é o tipo de atuação mais sutil do eu, que nos conduz ao esquecimento de nós mesmo, por meio de identificações com coisas, no diário viver.
Com este tipo de atuação os agregados psicológicos impedem a manifestação da nossa consciência, tirando-nos as faculdades da recordação de si mesmo e da auto-observação.

Com esta técnica se evita que o agregado psicológico se adentre ao palco da nossa mente, para atuar de modo evidente no desempenho do seu papel. Com isto ele deixa de se alimentar e sem alimento ele não cresce e morre.

Morte Preventiva é a parte da morte contínua em que pedimos a nossa Divina Mãe que elimine aqueles defeitos psicológicos que a todo instante se manifestam ocultamente e ofusca a nossa consciência, fazendo-a dormir profundamente.

A morte Antecipada deve ser utilizada mesmo que não tenhamos visto o defeito que ocultamente está atuando e embaçando a consciência. Ao perdemos o estado de auto-observação, perdemos o estado de alerta percepção, consequentemente acabamos esquecendo-se de nós mesmo, para cairmos num estado de identificação. Quando isto acontece perdemos a sequencia do trabalho, se não aplicarmos a morte preventiva nos eus que estão atuando ocultamente.

Nós temos dentro de nós a essência, o ego e a consciência. A essência livre produz virtudes (compaixão, amizade, solidariedade, amor, etc.), o ego ou legião de eus produz os defeitos (ira cobiça inveja, orgulho, luxúria, preguiça, gula, etc.). A essência livre é geratriz das virtudes, o ego gera os defeitos, que se manifesta na máquina humana, movendo-a.

A consciência é na realidade a parte da essência livre ativada. Então é ela que percebe, registra e compreende as atuações do ego e da essência. Então, não é a essência o observado, como muitos acham. Ela é apenas produtora de virtudes, muito bela, muito pura, como uma criança, mas é ingênua, não tem juízo como a própria criança, isto é, não possui a faculdade do discernimento.  

Ao fazermos a morte do ego vamos diminuindo o potencial gerador de defeitos e ampliando a construção de virtudes; vamos aumentando a capacidade de percepção, de registro e de compreensão do mecanismo de atuação do ego.

Quando a gente não tem a recordação de si mesmo, não se lembra de si mesmo, é porque está sendo movida por eus de nosso país psicológico. Este é o momento oportuno de aplicar a morte preventiva nestes eus, que estão autuando ocultamente em nosso espaço psicológico, mesmo que não tenhamos a menor noção deles. Entretanto sabemos que eles estão agindo, mesmo sem a percepção e o registro desta atuação, por meio da nossa consciência.

Morte em marcha, morte imediata ou morte em tempo real – é a morte que se faz em tempo real, no instante de atuação do detalhe do eu. O eu tem um movimento de reação, uma marcha, que vai do ponto inicial até ao ponto final de sua trajetória de atuação; ele possui um inicio um meio e um fim de atuação, de marcha.
A morte em marcha se verifica quando, em auto-observação, se detecta um detalhe do eu reagindo em um dos cinco cilindros da máquina humana. Fazer a morte em marcha significa pedir à Divina Mãe para deter a marcha de atuação do detalhe do eu.

A Divina Mãe certamente irá detê-lo, fazer este eu parar de atuar, parar de se robustecer. A Divina Mãe impede este eu de levar alimento para a raiz profunda deste eu ou cabeça de legião. A raiz ou legião, ao longo do tempo, por falta de alimento, terminará morrendo.
A Morte Intermitente, Morte de Instante a Instante ou Morte em Marcha se constitui na técnica que se aplica quando se está em auto-observação e nota-se a atuação do eu em algum cilindro da máquina humana.

Este técnica se aplica quando o agregado já iniciou a sua manifestação, o seu movimento, a sua marcha. Este processo de morte é aplicado para deter a atuação do agregado, impedir a sua marcha e o seu crescimento dali para frente. Esta morte é feita em tempo real, no momento do inicio da atuação do eu.

Morte postergada, morte mediata, morte reflexiva ou morte por compreensão – é o tipo de morte mística que faz na imagem ou na representação do eu, que já atuou por algum instante, sem que sua marcha de atuação não fosse detida em um determinado momento, sobre ele não foi aplicada morte em marcha dos detalhes.

Neste tipo de morte elimina-se um detalhe do eu que subtraiu a nossa energia com sua manifestação e alimentou a legião ou raiz de sua família, no nosso espaço psicológico.

Na morte deste eu a gente tem que fazer uma retrospectiva, para nos emendarmos da sua atuação, rememorar a trajetória de sua marcha e sua consequência. Fazer uma reflexão, para sabermos quantas vezes atuou, há quanto tempo atua, o mau que já nos causou, o quanto já nos prejudicou etc. Após a análise, após a compreensão de tudo isto, devemos sentar este eu no banco dos réus, julgá-lo e pedir à Divina Mãe a sua eliminação, com voz militar, imperativa e definitiva.

Podemos usar a imaginação para dar a formar que quisermos a este eu. Podemos imaginar o eu como sendo uma pessoa morrendo na forca, sendo incinerada, explodindo, sendo pulverizada, se transformando em pó, etc.

Morte Postergada é a técnica de morte do ego que se aplica após haver perdido a chance de impedir a manifestação e a marcha de atuação do eu no palco da nossa mente.

Este tipo de morte é feita posteriormente à marcha de atuação do eu, num momento em que ele já não está mais atuando. É feita por meio do processo de compreensão do elemento psicológico, passando pelos processos da reflexão, da análise, do estudo e da construção do histórico da atuação deste eu.

Morte Alquímica - É o tipo de morte aplicada pelos casais gnósticos para erradicação do eu, no momento sagrado da magia sexual. Neste tipo de morte pode-se empregar-se todas as técnicas descritas anteriormente.

Os solteiros podem eliminar até 25% dos agregados psicológicos, conforme nos asseverou o V.M. Rabolú. Os casados podem eliminar até 100%, colocando em prática as técnicas de morte alquímica do ego.

Morte Definitiva - É a morte do Eu Causa, empregada pelo estudante do Caminho Reto, a partir da 5ª Iniciação de Mistérios Maiores, na Segunda Montanha.

Até à quinta iniciação pede-se a eliminação do eu à Divina Mãe, a partir da Quinta Iniciação de Mistérios Maiores, pede-se ao Cristo Interno.

Há uma discussão, uma polêmica gerada pelos estudantes da Velha e da Nova Ordem Gnóstica, desde quando ainda estavam constituídas, até hoje, em torno das técnicas de morte deixadas pelos Veneráveis Mestres Samael e Rabolú.

A polêmica e a discussão emanam da falta de compreensão destes estudantes, pois onde há compreensão elas ficam de fora.

Na realidade o V.M. Samael foi quem instituiu e nos deixou gratuitamente todas as técnicas de morte do ego. O V.M. Rabolú sintetizou tudo, foi quem esmiuçou e nos deixou generosamente todas as técnicas de modo simplificado, enfatizando a morte em marcha dos detalhes do eu.

Ao sabor da verdade, holisticamente falando os V.Ms. Samael e Rabolú são complementares e não são opositores, conforme quer que sejam muitos estudantes incompreensíveis. Na didática de dissolução do eu, as técnicas de erradicação do ego se completam interdependentemente.

Ao bem da verdade o V.M. Rabolú não aboliu e sim respaldou todas as práticas deixadas pelo V.M. Samael, enfatizando que toda e qualquer prática do V.M. Samael dá resultado positivo, se feita com a devida concentração.

Pela Morte Preventiva vamos pedindo a morte uma vez atrás da outra: Mãe Divina, desintegra esse eu, desintegra, desintegra, desintegra, ou Mãe minha, mata esse eu, mata, mata, mata....., e a Mãe vai desintegrar todos os defeitos que estão ocultados no espaço de nossa pssiquê, na máquina humana, até despertar a Consciência; e esta uma vez desperta assumirá o controle da nossa máquina humana.

O objetivo da morte contínua é liberar essência para construção de uma consciência contínua (Turya). Nossa consciência além ser pouca, ainda funciona intermitentemente, isto é, hora funciona, hora não funciona.

Há praticas subjetivas e objetivas para o processo do despertar da consciência. As subjetivas são de pouco impacto no processo do desperta da consciências e as objetivas são altamente impactantes. A morte do ego, nos seus cinco módulos, é uma pratica objetiva.

Este despertar no mundo físico ocorre da mesma forma que nas outras dimensões, pelo processo subjetivo, onde despertamos em Astral, observando atentamente o lugar onde estamos, sem esquecer de si mesmo, lembrando que está neste lugar, ainda que intermitentemente.

Pelo modo objetivo despertamos a Consciência, por intermédio da morte atrelada à meditação, após morrer milhares de vezes por dia, aplicando o trabalho de morte contínua.

Permitam-me, por gentileza, dar um exemplo prático de como eu, Maurício da Silva, trabalho a morte contínua: sempre ocorre que saio de casa, para ir para algum lugar, traço plano da viagem, consoante o ensinamento da agenda dado pelo V.M, Rabolú, cujo objetivo é estar consciente no trajeto, desde o ponto de partida até ao ponto de chegada. Então vou caminhando pela rua, com o firme propósito de manter a consciência funcionando. De repente, ao encontrar uma amigo ou ver alguma coisa, uma paisagem bonita ou uma mulher bonita, por exemplo, me identifico e perco a continuidade da prática.

De repente me dei conta que esqueci de mim, por algum momento e que preciso retomar o estado consciente. Então peço à Divina Mãe: dissolva estes agregados psicológicos, que atuaram ocultamente em mim e tiraram-me do estado consciente!... Mate-os!.... Mate estes eus!.. (Morte Preventiva).

Vou pedindo quantas vezes forem necessárias, retomo àquele estado de recordação de mim, de alerta percepção, de vigília aguçada, em que tenho a noção do que estou com a consciência em atividade, que me permite observar o que acontece dentro e fora de mim.

Ao continuar o trajeto que estou fazendo, vejo outra mulher mais bonita ainda. Mas como já retomei o estado de auto-observação, percebo o eu da luxúria atuando de modo evidente em mim. Então peço à Divina Mãe: mate este detalhe do eu da luxúria!.. Mate-o! Morte a ele! (Morte em marcha).

No ponto de chegada do trajeto, ou quando chego em minha casa, em condições favoráveis, pairo para fazer o estudo detalhado da atuação daquele eu luxurioso que atuou durante a viagem. Então faço um inventário, traço um histórico da atuação deste eu, analisando-o atentamente. Tento lembrar quantas vezes o mesmo já agiu em mim, ao longo de minha existência, certificando-me quantos aborrecimentos ele já causou, quantos inconvenientes, etc., etc.

Após este estudo, desta reflexão, buscando a compreensão do mecanismo de ação deste eu, levou-o a julgamento, no banco dos réus, sentenciando-o a morte, pedindo à Divina Mãe: Mate-o!.. Mate-o!... Transforme-o em poeira cósmica! (Morte Postergada).

Quando me recolho ao meu leito para a prática do AZF, retorno ao resultado da análise feita na morte postergada, no momento que percebo que já há energia o suficiente advinda do azf, peço à Divina Mãe: Mate este eu!.. Dissolva-o! Mate-o! (Morte Alquímica).

Eu sou apenas um estudante gnóstico como todos vocês são. Portanto não estou ainda na Quinta Iniciação de Mistérios Maiores , mas mesmo assim faço esta petição à Divina Mãe: Mãe ajude o Cristo Interno se fortalecer em mim, para já ir desintegrando, em perspectiva, as causas destes eus! (Morte Definitiva).
Do mesmo modo que ajo neste exemplo do eu da luxúria, eu aplico o mesmo processo a todos os outros eus das demais legiões, que podem nos assaltarem, a qualquer momento, em qualquer lugar, onde estejamos andando ou desempenhando qualquer tarefa.

Enquanto ainda não temos desenvolvido suficientemente o sentido da auto-observação, devemos apenas pedir à Divina Mãe. Não há necessidade de se saber classificar a que legião pertence tal eu. Lógico que se conseguirmos nos dar conta de que defeitos são estes é melhor.

Com esta didática de morte pude estar no processo de qualificação do V.M. Rabolú, consegui ainda permanecer praticando gnosis, até aos dias de hoje, mesmo após minha família e a maioria de meus amigos já terem abandonado a gnose e muitos deles até se posicionam contra ela.

Devemos lutar para conservar este estado de consciência ativa, em vigília, para irmos vendo tudo, com olhos atentos, para ir percebendo o novo que há em cada instante e lugar. Devemos lutar por este estado, mesmo com o baixo percentual de consciência desperta que temos. Se conseguirmos manter os 3% ativos, já conseguiremos realizar prodígios, imagine quando estivermos com 10%, 20%, 50%, 100%.

Devo dizer para não promiscuir os ensinamentos dos veneráveis mestres Samael e Rabolú, que o processo de morte antecipada não foi enfatizado por eles. É portanto uma ênfase minha, resultado de experiência minha, que tem dado certo para mim. Porém não posso recomendar a ninguém, pois não sou mestre, não tenho autorização.

O V.M. Samael falava sempre em não esquecer de si mesmo. Quando eu estou com a Consciência atuando, vivo a recordação de mi mesmo, sei que estou aqui, utilizo a chave sujeito, objeto e lugar para se dar conta de onde é que ela despertou, puxo o dedo, dou o saltinho para saber se estou no mundo físico ou no Astral. Fico feliz por isto por que sei que naquele instante estou com a consciência atuando.

Então, quando um estudante gnóstico recorda de si mesmo, está em auto-observação, é porque está com a Consciência em atividade, isto quer dizer que não está adormecida. Por outro lado, quando este estado de atenção e recordação de si não esta presente, dentro de nós, devemos suspeitar que há algum agregado psicológico se manifestando em algum centro da nossa máquina humana. Quando isto ocorre devemos compreender, dar conta que perdemos este estado de alerta percepção, então devemos recordar da lei da impenetrabilidade e aplicar a Morte Preventiva. Imediatamente pedir a nossa Divina Mãe Kundalini que elimine, desintegre, decapite os defeitos que agiram e estão agindo naquele momento, para dar espaço à atuação da consciência.

Então devemos Aplicar a Morte Preventiva, mantendo firme a decisão de permanecer despertos; pedimos à Divina Mãe que elimine tudo aquilo que nos faça esquecer deste propósito: pedir À Divina Mãe para ajudar-nos a não perder este estado de alerta percepção.Para a Morte Preventiva não importa se vemos ou não quem nos fez dormir, e sim passemos a pedir a morte, mesmo que cegamente, até recuperarmos este estado.

O V.M. Samael enfatizou a morte reflexiva e o V.M. Rabolú enfatizou a morte em marcha. Enquanto que a morte proventiva está sendo enfatizada por mim. Porém sou apenas um estudante como todos vocês! Não tenho portanto a autoridade de nossos Veneráveis Maestros da gnose samaelina. Porém decidi mencioná-la para prestar um testemunho pessoal dos resultados obtidos pela aplicação direta deste processo de morte preventiva, a que faço em complementariedade aos outros tipos de mortes do ego.

Os Veneráves Mestres Saamel e Rabolú não enfatizaram diretamente a aplicação da Morte Preventiva nas linhas de seus ensinamentos. Muito embora ela apereça nas entrelinhas, para um bom entendedor, como nos texto a seguir, onde o V.M. Rabolú, antes de sua morte nos deixou esta importantíssima exortação acerca de aplicarmos a morte preventiva: "Trabalhem cegamente, duro, sem deixar um momento de estar dando-lhe a morte, duro, e o desdobramento astral. O que trabalha com estas duas coisas será resgatado, não fracassará, não o deixam fracassar. Isto foi o último que pude encontrar no interno como salvação da estudantada gnóstico” (Rabolú).

A polêmica entre os estudantes gnósticos, que dividiu o Movimento Gnóstico em Velha e Nova Ordem, decorre da falta de entendimento, da falta de compreensão. Pois apesar da ênfase à morte em marcha ter sido dada pelo V.M. Rabolú, ela é filha do V.M. Samael, conforme podemos ler no seu livro Didática do Autoconhecimento, no capítulo sobre as representações da mente, este trecho importante: "Quem não transforma as impressões não pode chegar a castidade, pois alimenta muito o ego. Primeiro a morte em marcha, depois a transformação das impressões“ (V.M. Samael Aun Weor).

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