TÉCNICAS RESPIRAÇÃO
(Profº Maurício)

No exercício das posturas devemos permanecer com a atenção constantemente voltada para o modo como estamos respirando. Durante o relaxamento, é o ritmo da respiração que nos leva para a via da serenidade, aquietando a nossa mente e permitindo que o corpo descanse.

As nossas práticas de respiração nos ajudam a tomarmos consciência da nossa capacidade plena de respiração e de que a controlando podemos ganhar saúde, vitalidade, capacidade de concentração, serenidade, clareza mental e paz.

Na respiração completa é que vamos tomar consciência da nossa plena capacidade respiratória levando o ar para as três regiões de nossos pulmões: a região baixa, abdominal ou diafragmática; a região média intercostal ou torácica e a região alta ou subclavicular.

Nos nossos dias atuais - de vida de celerada e sedentária, que a maioria das pessoas leva nas cidades grandes - perde-se a percepção de como deve ser a respiração.

Há três tipos básicos de respiração: respiração diafragmática, baixa ou abdominal; respiração média, intercostal, ou torácica; respiração alta ou subclavicular.

Em geral, respira-se muito mal, pela parte e não pelo todo. Respira-se “curtinho”, nos níveis superiores de nossos pulmões.

Assim muitas pessoas respiram sem movimentar as costelas ou o abdômen adequadamente, mantendo quase sempre o torso rígido.

Quando uma respiração completa logo abaixo dos pulmões há um músculo laminado, denominado diafragma, que separa o peito do abdômen. Na medida em que o ar é insuflado para as partes baixa, média e alta, o diafragma se contrai, deslocando-se para baixo empurrando os órgãos do abdômen enquanto este se expande e a caixa torácica expande-se para fora e para cima. Na expiração, o diafragma relaxa-se enquanto o abdômen, a caixa torácica e a parte alta do peito se contraem naturalmente.

O ideal de posicionamento para se começar a respiração completa é deitado de costas com as pernas alongadas ou então flexionadas, como a pessoa preferir. Na respiração completa tanto a inspiração como a expiração devem ser feitas pelo nariz.

É importante perceber os três níveis de respiração de nossos pulmões para passar então para a respiração completa.

Devemos soltar os braços ao longo do corpo, conduza o ar primeiramente para a parte baixa dos pulmões, depois para a parte média e em seguida para a parte alta.

Há autores que dizem que a nossa expiração pode ser feita de cima para baixo, eliminando primeiro o ar da parte alta, depois da média e por último da baixa.

Há também autores que recomendam que a expiração pode também ser feita de baixo para cima.

O mais importante é que se tome consciência da expiração, percebendo-se os três níveis dos pulmões e esvaziando-os totalmente.

É preciso tornar consciente o movimento ondular da respiração completa e realizá-la na capacidade plena dos pulmões, tanto na inspiração preenchendo-os completamente, como na expiração esvaziando-os totalmente.

A respiração completa nos acalma, revitaliza e tonifica. Ela atua como uma massagem interna beneficiando o coração e os órgãos abdominais, tonificando o aparelho respiratório, o sistema endócrino e o sistema nervoso.

A respiração completa garante melhor oxigenação do sangue purificando-o e liberando o organismo de toxinas pelas expirações completas. Nutre e revitaliza o sangue na inspiração completa.

Na respiração completa captamos, além de oxigênio, a energia prânica. O prana é a energia vital que está presente no ar que respiramos, nos alimentos que ingerimos, na água que bebemos, enfim, em toda a energia que move o Universo.

Ao fazermos a prática da respiração completa devemos sentir que, junto com o oxigênio, estamos captando esta energia prânica.

Devemos experimentar o bem-estar reinante ao mentalizá-la nutrindo e harmonizando todo o seu ser.

A respiração completa é considerada a respiração do rejuvenescimento, pois com ela restabelecemos a saúde, a vitalidade e a energia física, e atingimos a serenidade emocional e a clareza mental.

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